quinta-feira, 23 de julho de 2009

Salvação Vertical

O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.
(Salmos 18: 2).

Com a palavra – os matemáticos. Por certo Davi não era nenhum matemático. E sim um rei, um guerreiro, um sacerdote. Sobretudo tínhamos em Davi a figura de um servo que sabia confiar no seu Senhor. Nesse prisma, vemos que Davi não confiava na força do seu braço ele chega a dizer que o Senhor ensina as suas mãos para a guerra, de sorte que os seus braços quebraram um arco de cobre. (Salmos 18: 34). Ele estava rodeado de bons soldados, não obstante a salvação não seria produzida pela quantidade de soldados disponível, viria do Senhor, viria de forma vertical.

A salvação é o foco principal das Sagradas Escrituras desde a criação do homem do Gênesis até a consumação dos tempos em Apocalipse, tudo gira em torno da redenção do homem. Em Gênesis nasce com Abraão o plano da salvação da humanidade ( Gn 12.1-3).
O Senhor Jesus Cristo, pela sua morte expiatória, comprou a salvação para os homens. Deus a aplica de forma vertical é ela recebida pelos homens para que se torne uma realidade experimental. As verdades relacionadas com a aplicação da salvação podem ser vista através dos aspectos de Justificação, Regeneração e Santificação.

JUSTIFICAÇÃO é absolvição divina, afinal, justificação é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal.
Na salvação – e ela é vertical, o Senhor começa pelo processo de justificação, ou seja, absolvendo, pronunciando sentença não condenatória, mas de aceitação. Daí aquele que antes se achava na condição de condenado passa à condição de justo e isso pela fé. Se Ele o justificou é porque alguma injustiça havia e nesse caso a justificação é um dom (Rm 3.24) justificação inclui mais do que perdão dos pecados e remoção da condenação, pois no ato da justificação Deus coloca o ofensor na posição de justo.

Qual será essa justiça de que tanto necessita o homem? É parte do caráter de Deus sendo induzido no homem isentando-o de toda imperfeição ou injustiça.
Judeus tentaram ser declarados justos pela prática de rituais da lei, porém sem sucesso. A salvação não podia proceder dos próprios méritos, a salvação teria que proceder de Deus, por sua intervenção.
Essa justificação é uma graça derramada uma vez que todos nós estávamos encerrados debaixo do pecado (Rm 3.12-25).
Salvação é a justiça de Deus imputada de forma vertical ao pecador; não é a justiça imperfeita e horizontal do homem.

A única esperança do homem é adquirir a justiça que Deus aceita, a justiça que produzirá a salvação vertical de Deus. E isso só será feito por meio da fé, pois o homem é incapaz de operar a justiça. (Hífens 2:8-10)
Se a salvação não fosse uma operação vertical o homem incorreria em dois perigos: primeiro, o orgulho de auto-justiça e de auto-esforço; segundo, o medo e possibilidade de se achar fraca demais para conseguir a salvação. Daí entra em cena o próximo aspecto, o aspecto regenerativo.

REGENERAÇÃO
O segundo passo na salvação vertical é o processo de nascimento no qual o pecador agora justificado, passa à condição de regenerado e isso pelo novo nascimento (1 João 5:1). Aquele que criou o homem no princípio e soprou em suas narinas o fôlego de vida, o recria pela operação do seu Espírito Santo. (2 Cor. 5:17-18; Efés. 2:10; Gál. 6:15; Efés. 4:24; vide Gên. 2:7.) O resultado prático é uma transformação vertical radical da pessoa em sua natureza, seu caráter, desejos e propósitos.

Quer queira quer não queira o homem tem necessidade dessa regeneração. Foi o que o próprio salvador disse a Nicodemos (João 3). Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus – advertiu-lhe Jesus. Muitos até crêem que a salvação é vertical, porém não se permitem passar pelo novo nascimento. O homem não pode regenerar-se essa transformação terá que vir de cima.
O destino mais elevado do homem é viver com Deus para sempre; mas a natureza humana, em seu estado presente, não possui a capacidade para viver no reino celestial. Portanto, será necessário que a vida celestial “desça de cima” para transformar a natureza humana, preparando-a para ser membro desse reino e projetando-o para o próximo aspecto.

SANTIFICAÇÃO
Uma vez justificado e regenerado é óbvio que aquele que recebeu a vertical salvação perceba que ela – a salvação vertical – requer certo cuidado, é o que nós chamamos de santificação. Não a prática de um, ascetismo cego e doentio, mas uma santificação que faz jus àquele que opera a Salvação (Lv 20.26).
Porque a salvação implica em santificação? Raciocine comigo – quem salva, salva de alguma coisa e para algum objetivo. A santificação é um agente mantenedor da salvação. “Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pd. 1:15). Logo, a santificação é um estado sini qua nom.

A Lei fora impotência para salvar e santificar, não porque a lei não seja boa (Rm 7.12), a questão é que a lei aponta a vileza do pecado (Rm 7.12).
São Paulo, um dos homens mais santo do novo testamento chegou a dizer: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24). Deus é santo e esse atributo nos é comunicado na proporção que nos achegamos a Ele. Logo, santificação é também um atributo que nos é vertical.
Veja o que já dizia nosso irmão João Calvino, acerca da salvação:
“Quando Deus nos reconcilia consigo mesmo, por meio da justiça de Cristo, e nos considera justos por meio da livre remissão de nossos pecados, ele também habita em nós, pelo seu Espírito, e santifica-nos pelo seu poder, mortificando as concupiscências da nossa carne e formando o nosso coração em obediência à sua Palavra. Desse modo, nosso desejo principal vem a ser obedecer à sua vontade e promover a sua glória. Porém, ainda depois disso, permanece em nós bastante imperfeição para repelir o orgulho e constranger-nos à humildade.”
Assim sendo, um homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, adotado na família divina, e agora se dedica a servi-lo, em santidade vivendo a experiência da salvação, ou seu estado de graça que consiste em justificação, regeneração (e adoção), e santificação.

Para finalizar vamos degustar Rom. 8:35-39. “Quem nos separará do amor de Cristo”? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os Principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Escrito por Ananias Soares
Bacharel em Teologia

sábado, 28 de março de 2009

A VOLTA DE JESUS ESTÁ PRÓXIMA!

Jesus disse: “Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares”.(Mateus 24.6,7)
Jesus disse isto há cerca de 2000 anos. Alguém arriscaria dizer que tudo isto não está acontecendo? Jesus citou todas estas coisas logo após os apóstolos lhe questionarem sobre os sinais que precederiam o fim do mundo, uma pergunta muito natural até mesmo nos dias atuais. Muitas pessoas têm esta mesma curiosidade e também se perguntam sobre os sinais do apocalipse, ou seja, os sinais do fim do mundo. Este tema tornou-se polêmico em todo o mundo, por isso que o assunto desperta bastante interesse nos produtores de cinema. Então, nada mais natural que os discípulos de Jesus também desejassem saber sobre algo tão intrigante. Por isso resolveram perguntar a Jesus. E como podemos ler, a resposta de Jesus foi espantosa. Creio que os discípulos ficaram surpresos com as revelações do Senhor.Um dos sinais citados por Jesus são as guerras (nação contra nação, reino contra reino). Sabemos que muitos homens justificam a guerra com o pretexto de buscar a paz. Mas a verdadeira paz não se consegue pelo uso da violência. Com certeza essa não é a vontade de Deus (Mateus 5.39). A paz que o homem tanto busca é uma utopia, ou seja, nunca será alcançada. Isso porque Jesus declarou: “Tudo isto será apenas o início das dores” (Mateus 24.8). Jesus falou que todos estes sinais são apenas o começo de algo ainda pior: “Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será” (Mateus 24.21). O mundo passará por uma aflição jamais vista em toda a sua história. Esta declaração derruba qualquer pretexto humano para justificar as guerras.Mas em meio a tantas guerras e tão grande caos, Jesus deseja conceder a Sua paz para todos aqueles que O buscam em oração. Jesus nos disse minutos antes de concluir Seu propósito na terra: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Jesus quis dizer que a paz que o mundo busca não é a mesma paz que Ele quer nos oferecer. A paz que Jesus oferece é uma paz independente da ação humana. É a paz em meio a guerras, tribulações e adversidades. Por exemplo, o apóstolo Paulo orou e cantou louvores a Deus numa prisão, mesmo tendo sido encarcerado injustamente (Atos 16.25). Não que Paulo estivesse contente pelo seu infortúnio, mas a atitude de Paulo revela a paz que o Espírito Santo pode conceder ao cristão nas circunstâncias mais difíceis. A paz que Paulo sentiu naquela difícil situação devia-se ao fato de que ele sabia que Deus está sempre no controle, e costuma intervir em favor de Seus servos (Salmo 34.19), tanto que o Senhor o livrou miraculosamente daquela situação (Atos 16.26). A paz interior que Paulo sentiu quando preso é uma demonstração clara de como o Espírito Santo age na vida do cristão que ora e confia no Senhor (1 Pedro 3.12). A paz do cristão fiel não depende de situações externas, mas sim da certeza de que ele está vivendo para agradar a Deus, mesmo que isto importe em perseguição. Jesus e os apóstolos disseram que as perseguições são inevitáveis (Mateus 5.11,12; 2 Timóteo 3.12). A paz que Jesus oferece é a paz que Paulo experimentou na prisão, é a paz que o entendimento humano é incapaz de compreender. A paz de Deus pode ser alcançada por qualquer cristão, através da oração: “Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração... e a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6,7). A paz de Deus não é algo racional, porque não provém da mente, mas do Espírito. Para o cristão a paz de Deus é a certeza de que tudo está bem entre ele e seu Pai celestial. Esta é a paz verdadeira, a paz interior, a qual somente Deus é capaz de proporcionar.Quando o homem se entrega a Jesus ele não deve se preocupar demasiadamente com as terríveis coisas que estão acontecendo no mundo (Mateus 6.34), isso porque não há como controlar estes eventos, além disso, tudo isto já foi previsto por Deus. Não que Deus seja o causador dos males que atingem a humanidade, nem os males naturais e nem tão pouco as desgraças sociais. Mas tudo isso acontece devido à natureza egoísta e autodestrutiva do homem, pois muitos têm condições e oportunidades de ajudar ao próximo, porém nada fazem. O mundo está como está justamente porque os homens estão distantes de Deus e de Seus padrões de comportamento. Por isso os homens fazem guerra. Porém, a Bíblia revela que Deus destruirá todos aqueles que destroem a terra (Apocalipse 11.18).Este mundo em que vivemos está dominado pelo pecado e será destruído no dia da ira de Deus. Segundo a Palavra de Deus, o mundo será destruído com fogo: “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2 Pedro 3.10). É impossível que Deus minta (Hebreus 6.18). E não há nada que possamos fazer para que Deus mude de idéia (Números 23.19), pois é o próprio homem e que faz suas escolhas, Deus apenas as aceita. Jesus já nos alertou que todos estes sinais não devem ser motivo de preocupação. Isto porque a paz dos cristãos vem de Deus, e não dos homens. É uma paz diferente, que só é possível para aquele que possui o Espírito Santo através da conversão. Assim como está escrito, Jesus voltará como um ladrão, ou seja, numa hora que ninguém espera. Depois que Jesus levar consigo todos aqueles que foram fiéis a Suas Palavras (1 Tessalonicenses 4.16,17), virá o dia da ira de Deus, revelado como o Dia do Senhor. A ira divina será desferida contra os homens inconversos, que insistem em continuar agindo contra a Sua vontade revelada em Sua Palavra (Apocalipse 6.17). Por isso devemos buscar conhecer e meditar diariamente nas Escrituras, pois elas são o alimento do nosso espírito. A Bíblia é a bússola que aponta o caminho da salvação (2 Timóteo 3.15). Somente aqueles que se arrependerem e se entregarem a Jesus serão poupados da ira de Deus. Os verdadeiros cristãos serão colocados sob as asas de Deus: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.9). O destino dos cristãos não é a ira de Deus, mas a salvação da justa condenação que antes merecíamos por nossos erros. Mas aquele que aceita o presente de Deus (Seu Filho) estará fora de condenação (Romanos 8.1,32). Estes passaram da morte para a vida, das trevas para a luz (1 Pedro 2.9,10).As pessoas precisam dar mais importância as Palavras que Jesus revelou. Algumas pessoas vivem num perigoso auto-engano. Muitos se consideram cristãos, quando nem sequer reconhecem seus erros diante de Deus e nem buscam corrigi-los. Poucos buscam o perdão através de Jesus. Está cada vez mais raro encontrar pessoas que realmente entendem o plano de Deus, isto é, que são pecadoras e necessitam viver em santidade para serem poupados da ira divina. Segundo os padrões de Deus, o verdadeiro cristão é imitador da vida de Jesus: “Aquele que afirma permanecer nele (Jesus) deve também viver como ele viveu” (1 João 2.6). Muitos se intitulam cristãos, mas não se interessam realmente por Jesus, pois vivem na imundícia. As pessoas dizem que O tem no coração, mas não gostam de ouvir sobre Ele.Os verdadeiros cristãos devem levar um padrão de vida diferente das pessoas que não conhecem Jesus. Como o próprio Jesus disse, o cristão deve o sal e a luz do mundo (Mateus 5.13-16). Os cristãos, com seu modo de viver, devem iluminar as trevas ora tão evidentes no mundo e dar-lhe um novo gosto. Os cristãos devem viver uma vida moralmente superior aos pagãos, que não tem compromisso com Deus. O verdadeiro cristão deve agir de tal modo que consiga influenciar as pessoas a perceberem que obedecer a vontade de Deus é a decisão mais sábia a se tomar.Segundo a Bíblia, o mundo será destruído juntamente com todos aqueles que desprezam o amor de Deus por não se aproximarem de Jesus. A única forma para o homem escapar da ira de Deus é o ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO. A Bíblia declara: “O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam” (2 Pedro 3.9). Deus está sendo paciente somente para que todos tenham tempo de arrepender-se, aproximar-se Dele para que sejam transformados pelo Seu amor.O apóstolo São Pedro, declarou diante de cinco mil pessoas: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados” (Atos 3.19). Mas o que significa “converter-se”? Conversão significa mudança de rumo, ou seja, significa tomar uma nova direção, buscando viver segundo os padrões que Deus estabeleceu em sua Palavra. Devemos crer no evangelho (mensagem) de Jesus, pois Ele disse: “Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Marcos 1.15). Jesus é a única solução que Deus encontrou para salvar o homem da destruição que o pecado causa na vida das pessoas. O pecado é o principal motivo e o grande causador do “vazio” que o homem sente em seu interior. Jesus disse que Sua missão é nos dar uma vida melhor: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância” (João 10.10). Jesus nos oferece uma vida diferente, uma vida realmente abundante! Jesus diz para todos os que estão cansados de um mundo cruel, injusto e hostil: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Jesus aceitará todos aqueles que se arrependerem e se entregarem a Ele. Jesus está esperando pelos que se sentem oprimidos por este mundo mau, e deseja cobri-los com Sua paz celestial. Para estes, Jesus têm preparado um lugar especial na eternidade (João 14.2). Aqui está um dos versículos mais conhecidos da Bíblia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Poucos percebem realmente o quanto Deus nos ama. Deus mostrou o seu infinito amor ao enviar seu único Filho para morrer por nós, mesmo que todos nós sejamos pecadores: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). A salvação é um dom gratuito de Deus. Mas como tudo o que é gratuito, temos que estender as mãos para recebê-la. Ninguém poderá fazer isso em nosso lugar. Cabe então a cada um aceitar ou rejeitar tão grande ato de amor. Devemos refletir e pensar. Em meio a tantas guerras e tribulações Jesus é onde podemos encontrar descanso e PAZ. Jesus nos diz:“NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar”.(João 14.1,2)Igor Chastinet.Artigo enviado por email.Este artigo foi enviado por email. Depois avaliado pelo CACP e aprovado para publicação. Lembrando que cada autor é responsável pelo seu artigo. Os artigos não expressam necessariamente a opinião do CACP.
Artigo extraido na íntegra do site: www.cacp.org.br
http://www.cacp.org.br/imprimir.aspx?article=1801&cont=&menu=7&submenu=3

quinta-feira, 26 de março de 2009

ESPEREMOS FIRMES NO SENHOR


Passamos muitas vezes por provações e temos medo da dificuldade, quando na verdade não precisaríamos ter, se tão somente confiássemos no Senhor, assim, não estaríamos livres das dificuldades da vida mais estaríamos livre do medo e da ansiedade e passaríamos firmes por qualquer uma delas confiando e esperando no Senhor. Lembremos então de Moisés e de suas dificuldades, a este foi confiada a responsabilidade de liderar o povo de Deus no êxodo para a terra prometida, as coisas não foram simples para ele. Após levar uma vida de conforto e riqueza por ter sido adotado por uma das filhas de faraó, teve que fugir e abandonar tudo isto por ter matado um dos egípcios para defender um de seus irmãos hebreus. Sua vida então, sofreu uma reviravolta muita grande, deixando de lado as mordomias reais, teve Moises que trabalhar em uma terra até então desconhecida para ele, enfrentou situações diferentes, a qual não estava acostumado, mas isso ainda era o só o começo do propósito de Deus para a sua vida, o Senhor então o chamou para libertar seus irmãos da pesada mão de Faraó que os escravizava. Moisés temeu a isto, por causa de suas limitações, como está escrito: "Então disse Moisés ao SENHOR: Ah, meu Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua." (Êxodo 4 : 10) mas veja o que Deus lhe respondeu: "E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?" (Êxodo 4 : 11) e ainda disse-lhe mais: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar." (Êxodo 4 : 12) Diante de Deus, nossos problemas desaparecem, desde que nEle confiemos, esperando nEle a solução. Hoje podemos esperar da mesma maneira, pois assim diz sua palavra: "Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna." (Isaías 26: 4).

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Um novo Evangelho?

É comum hoje em dia, encontrarmos nas igrejas, propagandas de como podemos ficar ricos, ter muitas posses, se aceitarmos a Jesus. Infelizmente, este é para muitos, o novo "objetivo cristão”. Parece que andam pregando um novo evangelho, o “evangelho da prosperidade material. ” Na etimologia da palavra evangelho significa “boas novas” “boas noticias” derivada da palavra grega ευαγγέλιονe evangelion. Na carta de Paulo aos Gálatas somos advertidos: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gálatas 1 : 8).
Como podemos esquecer do imenso amor de Deus quando nos deu o seu Filho, para que morresse por nós? como podemos esquecer disso e exigirmos algo de tão pouca relevância? vejamos o que diz as escrituras: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;" (Mateus 6 : 19). Não, não deve ser este nosso objetivo.
Foram os apóstolos, junto com Cristo os homens mais ricos da terra? Buscava Cristo ouro e prata? Será que foi este o evangelho que Cristo pregou? Será que foi este o exemplo que ele nos deixou? Quando na verdade está escrito: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (I Timóteo 6 : 10)
Muitos tratam a Deus como devedor, quando na verdade, somos nós que devemos tudo a Ele, hoje há pregadores que dizem: “Exija, pois é um direito seu, determine, e tudo acontecerá em sua vida, sua empresa vai crescer, você vai ser muito próspero, e etc.” As escrituras dizem que não somos merecedores de nada: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;" (Romanos 3 : 23) e ainda "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo," (Tito 3:5), então como podemos tratar nosso amoroso Pai como devedor se somos na verdade imerecedores da sua graça. É verdade que por amor Ele supre todas as nossas necessidades, quando nele confiamos:
Não é nas riquezas que devemos confiar ou esperar, mas em Deus, nosso Pai: "Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus." (Salmos 20 : 7)
Amemo-nos uns aos outros, procuremos fazer a obra, busquemos o reino e confiemos em nosso amoroso Pai celestial. Vamos dar glória a Deus por tudo que Ele tem nos feitos, pois Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós.



Que paz do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Volta de Cristo

Sistemas Escatológicos
1 - Introdução
A igreja primitiva esperava o retorno de Cristo para breve, em época bem perto de si. Sobre isso não pairam dúvidas. Mesmo assim (ou talvez exatamente por isto) ela nunca elaborou um sistema escatológico e o legou às gerações posteriores. Na realidade, ela não esperava muitas gerações vindouras. As informações do NT são esparsas, pouco sistematizadas (talvez a única exceção seja 1Coríntios 15 e I Ts. 4:13-18) e não permitem que se assegure que um determinado sistema de interpretação seja o mais próximo das Escrituras. Os defensores dos diversos sistemas esgrimem versículos bíblicos em prol de sua posição e contra a dos outros. É mais uma questão de opção do que uma questão de firmeza doutrinária ou teológica. Mesmo assim, deve-se evitar o sensacionalismo, que quase sempre é de mau gosto e conduz à precipitação.
2 - Pré-milenismo
E a doutrina que afirma que após a segunda Vinda de Cristo, ele reinará por mil anos sobre a terra antes da consumação final do propósito redentivo de Deus nos novos céus e nova terra na Era Vindoura. Esta é a forma natural de entender-se Apocalipse 20.1-6.1 – Visão Apocalíptica do Pré-milenismoI. Época da Igreja - Apocalipse 1 a 3(1) Aumento do mal.(2) Apostasia.II. A grande tribulação (sete anos) - Apocalipse 4 a 19(1) Arrebatamento - a vinda de Cristo para os santos.(2) Ceifa - a ressurreição dos santos.(3) A Igreja retirada do mundo.4) O tribunal de Cristo sobre os crentes.(5) Tribulação sobre os judeus.III. O milênio - Apocalipse 20.1-6(1) Vinda de Cristo com os santos.(2) Respiga - ressurreição dos mortos e tribulação dos santos.(3) Batalha do Armagedon.(4) Satanás é acorrentado.(5) Juízo tipo ovelhas e cabritos sobre as nações.(6) O milênio.IV. Pouco tempo - Apocalipse 20.7-15(1) Satanás solto.(2) Satanás encabeça revolta.(3) Batalha de Gogue e Magogue.(4) Satanás é derrotado.(5) Os maus são ressuscitados.(6) Juízo do "grande trono branco" sobre as nações.V. A eternidade(1) Os maus no inferno.(2) Os justos no céu.
3 - O pós-milenismo
Sua idéia básica é esta: Cristo vem após o milênio. Sua vinda será pós-milênio, portanto, daí o seu nome. Seu esquema, em linhas gerais, é como segue.I. O mundo atual torna-se gradualmente milenário pela ação da Igreja(1) O bem e o mal continuam juntos, crescendo lado a lado, como na parábola do joio e do trigo, em Mateus 13.24-30. (2) O crescimento do evangelho transforma o mundo, derrota o mal, faz o bem reinar e inaugura o milênio. Com um conhecimento maior de Deus, os homens viverão como Adão deveria ter vivido. No fim deste período edênico (um novo Éden), os crentes se tornarão frouxos e Satanás sairá para enganá-los.A ordem eterna(1) No fim do reino milenário de justiça, Cristo voltará, impedindo novo desastre, como o acontecido no Éden.(2) Ele vencerá Satanás.(3) Ele ressuscitará todos os mortos.(4) Ele realizará o juízo final.(5) Os perdidos serão enviados à condenação.(6) Os salvos entrarão no céu.
4 - O amilenismo
O a é o prefixo privativo, significando "não milênio". Também é chamado de não-milenismo. Basicamente esta posição não aceita a idéia de um milênio literal, alegando que e lá é baseada num texto, apenas, de um livro altamente simbólico, no qual os números dificilmente podem ser considerados como literais. Nesta interpretação, literalizar a idéia é um risco. O termo amilenismo não é muito feliz porque dá a idéia de que seus defensores não aceitam a idéia de um milênio ou que recusam os versículos de Apocalipse 20.1-6, o que não é correto. Jay Adans sugeriu outro termo, milenismo realizado. Isso porque os amilenistas crêem que o milênio está em processo de formação. Mas o termo já se generalizou e é melhor aceitá-lo, dando as explicações e fazendo as ressalvas necessárias. Eis um esquema sucinto do amilenismo.I. O mundo atualEste estado de coisas continuará com o bem e o mal em coexistência até que chegue a segunda vinda de Cristo. É uma ordem social de natureza material e temporal que terá fim.II. A ordem eterna (1) A segunda vinda de Cristo(2) A ressurreição de todos(3) O julgamento de todos(4) Os perdidos serão enviados à condenação(5) Os salvos entrarão no céuO amilenismo sustenta que só haverá uma segunda vinda de Cristo, uma só ressurreição, um só juízo, terminando a ordem atual e estabelecendo a ordem eterna sem o intervalo de mil anos.
5 - Implicações teológicas, filosóficas e sociológicas da escatologia cristã
As implicações maiores que podemos alistar aqui são:(1) Cremos que a atual ordem é passageira e será substituída, não por outra ordem humana, mas pela ordem de Deus.(2) Ao mesmo tempo, esta crença não deve ser um estímulo para o alheamento, mas deve ser um estímulo para um envolvimento na sociedade para que, a influência cristã, reconhecendo nós a corrupção deste mundo, melhore o quanto possível esta ordem.(3) Qualquer que seja a corrente escatológica preferida, a questão central permanece: esperamos o retorno de Cristo para a implantação final do seu reino.(4) A questão da morte continua como um fantasma sobre toda a raça humana. A Igreja de Cristo tem a melhor explicação, pela sua cosmovisão, sobre o assunto. Não pode ela omitir-se do seu testemunho ao mundo.(5) A obra de Cristo anuncia a derrota final de Satanás, a superação da morte e anuncia ao fiel a certeza de uma vida com ele depois desta vida. O fiel tem a certeza de uma morada de descanso com o Senhor. Esta é a nossa grande esperança.(6) A Igreja não é um projeto que pode ou não dar certo, mas é um projeto com certeza de vitória. Só existe uma possibilidade para o desfecho da luta que se trava há milênios neste mundo e nas esferas espirituais: a vitória final de Jesus Cristo. A Igreja não trabalha com possibilidades de derrota ou de empate, mas é vocacionada para a vitória.(7) A obra de evangelização e missões é a tarefa que deve impregnar a mente da Igreja para que todo o mundo saiba sobre seu Salvador.


Autor :Prof. João Flávio Martinez

Matéria extraida na íntegra da página do Ministério CACP

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Numero da Besta 666

Uma análise crítica das interpretações“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13.18)As pessoas esperavam o fim do mundo em 1666, que seria a soma do fim dos mil anos (quando então Satanás seria solto conforme Apocalipse 20.3), com o terrível número da besta. Mas para decepção dos prognosticadores de plantão, o fim não veio. Entretanto, para quem pensa que a superstição e especulação em torno do 666 ficaram restritas à Idade Média está muito enganado. Estes algarismos apocalípticos continuam em alta, principalmente nos meios religiosos. E, diga-se de passagem, que não só as seitas protestantes, mas até mesmo católicos, arriscam um palpite cabalístico em cima deste misterioso número, como podemos ver no livro do padre Léo Persch. A interpretação vem de uma tal Vassula, vidente católica, que diz receber visões e orientações de Jesus e Maria a respeito do fim dos tempos. Numa dessas interpretações ela associa o anticristo com a maçonaria:“Com a inteligência iluminada pela luz divina consegue-se decifrar o número 666 o nome de um homem, e esse nome, indicado por tal número é o anticristo. [...] O número 666 indicado três vezes , isto é, multiplicado por três, exprime o ano de 1998. Nesse período histórico, a franco-maçonaria, aliada com a maçonaria eclesiástica, conseguirá o seu grande intento...” [1]Contudo, a fama do 666 extrapolou os limites da religião e foi parar na boca dos profanos. “The Number of the Beast” é a faixa musical do grupo Iron Maiden. Uma música com letras satânicas. A propósito, este é o número preferido dos satanistas e virou até nome de revista em Marselha/França. [2] Sem dúvida, ultimamente, há muito barulho não só em torno deste número como também do nome “besta”, que no Brasil ganhou fama com um automóvel, a van, Besta, fabricada por uma montadora coreana. Já em Bruxelas um computador gigantesco foi batizado com o mesmo nome. [3]Há alguns anos, a popularização do código de barras fez brilhar o imaginário religioso. Começou a divulgar nos meios cristãos que este código trazia nas extremidades e no meio de modo oculto o número 666, o qual seria marcado na mão direita dos consumidores. [4] Contudo, isto já é coisa do passado, foi abandonado de vez, agora a coqueluche do momento é o chamado “bio-microchip”. Criado pelo Dr. Carl Sanders, é atualmente produzido por várias empresas inclusive a Motorola para o Mondex SmartCard.Certos periódicos afirmaram que os cientistas que trabalharam neste projeto descobriram que o melhor lugar do corpo humano para ser implantado o tal “chip” é na testa e na mão direita. [5] Seria essa a marca da besta ou mais um boato sensacionalista? Seja como for, o caso é que esta notícia já está causando pânico em alguns meios evangélicos. [6]De fato muita contra-informação pode ser encontrada, especialmente na internet sobre este assunto.[7] Apocalipse 13, tem trabalhado com o imaginário de cristãos e não cristãos desde a época pós-apostólica. Muito se tem escrito sobre isso, sem contudo, haver consenso. Este trecho foi assunto nos escritos de alguns vultos da patrística, mereceu atenção no pensamento dos reformadores e chegou até ao nosso turbulento século XIX com força total. O caso é que para muitos, isso está se transformando numa verdadeira esquizofrenia escatológica. Até mesmo o próprio versículo que traz o número, dizem esconder o 666, isto é, 18 = 3 x 6 (6+6+6=18) . [8] COISAS DO ORIENTE É notório a todos que literaturas orientais, principalmente as antigas, quando vertidas para o ocidente, tende a apresentar não só dificuldades lingüísticas. [9] Isso porque, quando lemos tais livros não estamos apenas lendo simples caracteres, mas absorvendo também seus costumes, crenças, filosofias, enfim, toda uma bagagem cultural diferente e estranha a nós ocidentais. E se tratando de matéria religiosa, a coisa tende a complicar ainda mais. A Bíblia, o livro dos cristãos, é uma literatura também oriental com uma riquíssima linguagem: simbólica, poética e cultural, não fazendo exceção à regra.Não obstante, há de se esclarecer, que a Bíblia enquanto mensagem de salvação, no essencial, é de fácil compreensão, ou parafraseando Isaías, “até mesmo os loucos não poderão errar esse caminho” (Isaías 35.8), o qual é Jesus Cristo (João 14.6). Mas à parte da mensagem essencial, ou Evangelho, existem as exceções que se encontram no livro sacro. Essas são passagens não tão claras, que por vezes envolvem o conhecimento do contexto sócio-cultural e religioso da época para uma real compreensão. Quando não, são passagens no campo das profecias a serem ainda cumpridas num futuro próximo. Quanto a esta última, não raro poucas passagens merecem tanta atenção quanto Apocalipse 13.16-18, quando o assunto é especulação.ESPECULAÇÕES ESCATOLÓGICAS Os intérpretes que se aventuram a decifrar o número e o nome da besta geralmente procuram se basear em grandes personagens da história mundial para impingir o famigerado título bestial. As interpretações, como não poderiam deixar de ser, são as mais variadas possíveis assim como os métodos utilizados para decifrar o enigma apocalíptico. No afã de se conseguir tal intento às vezes, os pressupostos empregados forçam tais intérpretes (até mesmo os mais cautelosos) a sair fora do eixo bíblico, tornando suas interpretações um verdadeiro malabarismo, destituídas de qualquer análise contextual mais lata. Os princípios fundamentais da boa exegese bíblica são deixados de lado em detrimento de interpretações forçadas oriundas de uma mentalidade pré-conceituosa. A história mundial é forçada ao máximo, para não dizer adulterada, a fim de se encaixar em pressupostos doutrinários.A MATEMÁTICA COMO FERRAMENTAOs estudiosos em geral entendem que João estava usando a gematria, um sistema criptográfico (ato de em escrever em cifra ou em código) que consiste em atribuir valores numéricos às letras. É sabido que o latim, o grego e o hebraico usavam letras em lugar de algarismos. Assim as letras funcionavam como números. Troca-se as letras pelos números e consegue-se chegar ao famigerado 666.Na época de João este era um método vulgar. Foi descoberto pela arqueologia o nome de moças em valores numéricos. Na cidade de Pompéia sobre um muro aparece uma inscrição: "Phílo hes arithmós phme", (amo aquela cujo número é phme, onde ph=500 + m = 40 + e = 5, total = 545)."Eu amo aquela cujo nome é 545”. Tanto, pagãos como judeus e cristãos usavam o simbolismo numérico. Os “Oráculos Sibilinos” do século II d.C., apontava o valor do nome de Cristo que daria 888. Já os gregos invocavam o deus Júpiter cujo número do nome era 717. Os gnósticos viam no número 365 algo de místico, pois transferidos para o alfabeto grego traduzia a palavra “Abrasaks”. [10]Por seu turno Clemente e Orígenes jogavam com o significado do número 318 que seria a abreviação do nome de Cristo - IHT. [11]A BESTA NOS ESCRITOS CRISTÃOS PRIMITIVOSParece que o primeiro escritor cristão a tentar decifrar a besta do apocalipse usando este método foi Ireneu em sua obra "Adv. Haer. V, 30,3". Ele sugeriu vários nomes dentre os quais Lateinos (Latino) e Teitan (Titã). A transliteração destes nomes somados dá o valor 666.Também o nome “Neron Caesar” (César Nero) em grego vertido para o hebraico dá 666: N V R N R S Q50 + 6 + 200 + 50 + 200 + 60 + 100 = 666Em forma latina (tirando-se o “n”) o número varia para 616. Parece que esta era a interpretação mais convincente para os cristãos primitivos. Tanto é que dois pequenos manuscritos do Apocalipse, que hoje já não mais existem, trazia 616 ao invés de 666. [12]Com a chegada da Reforma protestante, alguns reformadores viam no papa, a figura do anticristo, a besta do Apocalipse. [13] A propósito a palavra Italika Ekklesia daria o número 666. O que faziam muitos pensar que a besta sairia dessa igreja. Lutero chegou a conjecturar “São seiscentos e sessenta e seis anos; é o tempo que já dura o papado secular”. [14] Ainda outros nomes como Signal da Crvx, Latinvs Rex Sacerdos e Ioannes Pavlvs Secvndo também dão 666.Em seu livro “Guerra e Paz” , Leon Tolstoi especula em torno da idéia de Napoleão ser a besta com o número 666. [15] O teólogo Petrelli aplicou esse número a Joseph Smith. Diocleciano, Lutero, Calvino, Hitler e outros foram igualmente vítimas dos matemáticos do Apocalipse. O último grande nome cogitado para engrossar essa lista foi o senhor Bill Gates, dono da Microsoft, que segundo dizem também daria 666. [16]O NÚMERO DA BESTA NA VISÃO DAS SEITASComo já dissemos, a Bíblia de fato possui alguns pontos obscuros. As seitas aproveitam essa “dificuldade”, usando justamente essas passagens para extrair delas novas revelações, até então desconhecidas para o mundo. As seitas alimentam esta utopia teológica baseadas na suposição de que Deus esteja através delas revelando “mistérios” para os tempos do fim. Isso é sintomático entre esses movimentos. Essa patologia teológica incurável em algumas seitas tem feito especulações absurdas em torno do número 666. Vejamos algumas:1. Adventistas do Sétimo Dia “O Papa é a Besta”: Para os adventistas o Papa é inquestionavelmente o anticristo. Embora não se possa achar nada de concreto nos escritos de Ellen G. White [17] sobre este cálculo, alguns pioneiros adventistas como Uriah Smith, em seu livro “As profecias do Apocalipse”, já trazia o cálculo do número 666 aplicando-o ao papa. [18]Fazem isso partindo da premissa de que o papa mudou a lei de Deus, principalmente o quarto mandamento, então chegam a conclusão que ele deve ser o anticristo conforme fala Daniel 7.25.Para confirmar tal fato era preciso forjar uma ligação de seu nome com o número 666.Como não conseguiram o resultado usando o nome de nenhum papa, inventaram um título latino que supostamente o papa usaria em sua Tiara, o “VICARIUS FILII DEI” (Vigário do Filho de Deus). Daí a famosa sominha que passou a fazer parte da teologia adventista até hoje:V I C A R I V S F I L I I D E I5 + 1 + 100+1+5+ 1+50+1+1 + 500+ 1= 666Acontece, porém, que esta soma enfrenta algumas dificuldades insuperáveis:A primeira delas é que a soma correta não dá 666, mas 664. Veja o computo correto:5+1+100+ IV + 1+50+1+1 + 500+ 1= 664 IV é = 4 e não O 5, COMO XL é = 40 e não 60A segunda questão é que isto não é o “nome de um homem”, mas o título de uma suposta função que aquele líder católico exerce.Outrossim, temos que levar em consideração que não se pode provar que tal título existia de fato na Tiara papal. E ao que tudo indica, nem mesmo este corresponde ao nome correto do título, o qual seria corretamente chamado de “Vigário de Cristo”. Outra, o Apocalípse foi escrito em grego e não em latim, conseqüentemente o cálculo deveria ser feito por estas letras. É temeroso acreditar que os os destinatários de João conhecessem o latim já que este era um idioma usado apenas nos territórios do Ocidente Europeu. Demais disso, pode-se até usando este mesmo cálculo, encaixar a profetisa dos adventistas nele:E L L E N G O U L D W H I T E50+50+ 5+50+500 5+5 + 1 = 666 – o número da besta.Onde “w” é = v,v = 5,5 (tanto é que no nome “Walter” o “W” é lido com som de “V”)Diante disso, atualmente, muitos teólogos adventistas já não mais associam o número da besta com o título papal. [19]2. Testemunhas de Jeová“A Besta é sistema político do mundo”: Depois de mudarem diversas vezes suas doutrinas a respeito do Apocalipse, as Testemunhas de Jeová chegaram a conclusão no livro “Revelação – seu grande clímax está próximo” [20] que a besta seria apenas o mundo em sua forma organizada politicamente, sendo a ONU a imagem da besta. Dizem: “Assim, como seis é inferior a sete, assim 666 – seis em três estágios – é um nome apropriado para o gigantesco sistema político do mundo.”É claro que esta interpretação é descabida e vai contra o próprio texto que diz que é o “nome de homem” e não de um sistema político. É um interpretação sem pé nem cabeça!O que muitos não sabem é que hoje a ONU já não é mais vista como a imagem da besta. Essa mudança ocorreu porque a “Sociedade Torre de Vigia”, tentou se filiar a ONU. É a velha tática da seita de mudar constantemente sua doutrina! [21] 3. “Movimento do Nome Sagrado”“O nome Jesus é a Besta” A principal preocupação deste movimento é com o homônimo escrito e oral do nome sagrado: Yahweh para Deus e, Yahshua para Jesus. Desta ênfase deriva o nome deste Movimento, cujos representantes principais aqui no Brasil são conhecidos como “Testemunhas de Yehoshua”.Como a seita detesta o nome Jesus, resolveram encontrar o equivalente numérico para o nome fatídico da besta em cima do nome do Filho de Deus. Demonstram isso da seguinte maneira:I E S U S C R I S T V S F I L I I D E I (Jesus Cristo Filho de Deus)1 + 5 + 100 + 1 + 5 + 1 + 50 + 2 + 500 + 1 = 666Em primeiro lugar, gostaríamos de lembrar que IESVS CRISTVS FILII DEI é IESVS CRISTVS + FILII DEI. Em segundo lugar, IESVS CRISTVS sozinho equivale a 112. Em terceiro lugar, FILII (genitivo masculino singular) deveria ser FILIVS (nominativo masculino singular). Assim sendo, teríamos: F I L I V S D E I1 + 50 + 1 + 5 + 500 + 1 = 558I E S U S C R I S T V S = 112 + F I L I V S D E I = 558 = 670670 é diferente de 666 Percebemos, portanto, a necessidade da presença de títulos ou apostos – sem contar com a presença de FILII, ao invés da forma correta FILIVS – para se chegar ao número 666. [22] Outrossim, o restante da expressão “Filho de Deus” não faz parte do nome, mas é um título.Outros, no entanto, levados por uma obstinação mórbida, preferem usar apenas o nome “Jesus” e transliterá-lo em caracteres hebraicos, fazendo valer 666.Esse foi o artifício exposto por outra variante deste movimento conhecidos como "Comunidade Judaica Messianitas":J não há essa letra em hebraico = -E não há valor numérico em hebraico = -S vale 60 – 0 = 6 U vale 6 = 6 S vale 60 – 0 = 6 [23]Não é necessário ser teólogo para perceber que os erros e as interpretações forçadas neste cálculo estão às escâncaras. Primeiro, porque a soma destes números daria 126 e não 666. Segundo, porque ele faz arbitrariamente 60 valer 6 e depois usa uma palavra portuguesa transformando-a em numerais hebraicos. Isso é simplesmente ridículo!QUEM É A BESTA AFINAL?Há comentaristas que acreditam que a figura de Nero preenche perfeitamente o cumprimento da profecia. [24] Contudo, o Apocalipse é uma revelação para o futuro. O alcance dos eventos descritos ali terão um cumprimento bem mais amplo do que qualquer um já visto na história. Neste caso, acredito que Nero, pode ser visto apenas como mais um tipo do anticristo e não o próprio anticristo.Por outro lado há os que enxergam neste número apenas um simbolismo da imperfeição humana. O número da besta não é só número de homem, ou seja, do homem terreno em contraste com o divino, mas também significa a imperfeição e rebelião contra Deus. Satanás sempre quis imitar a Deus. Como o número de Deus é sete, o número da perfeição, o inimigo de Deus também terá seu número. Enquanto Deus marca nas testas de seus servos o seu nome, a Besta deixará sua marca naqueles que a servirão. Significando que o anticristo procurará chegar a perfeição, mas sempre ficará aquém dela.Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número da besta.O principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666. Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada. Todos saberão e aderirão conscientemente a ela, enquanto outros a rejeitarão e sofrerão as conseqüências por isso.[25] O que o nome e o número da besta significam será conhecido dos santos que estiverem na terra na época em que a besta estiver aqui em pessoa. De uma coisa temos certeza: mingúem na terra atualmente tem sabedoria suficiente para compreender o número da besta. [26]CONCLUSÃOAdmito que no momento é impossível averiguar a identidade deste diabólico personagem, pelos motivos já expostos.Quanto às interpretações acima mencionadas é praticamente inútil, tentar abordar, ainda que por alto, todos os aspectos ou analisar-lhes as contradições.Todos os cálculos que se fez até agora mostraram-se falhos. Isto porque, com um pouco de criatividade, é fácil impingir o número da besta em qualquer um. Se não funciona com letras hebraicas, troca-se por latinas ou gregas. Acrescenta-se e tira-se títulos. Existem vários modos de se obter o número. Principalmente quando usamos líderes mundiais que mormente possuem vários títulos. [27] Mas até mesmo usado num "João da Silva" este número pode se encaixar. Os vários recursos disponíveis tornam as chances bastante altas. É o malabarismo do estica-encolhe exegético afim de forçar o número 666 se encaixar no personagem de sua escolha. O vale tudo em nome do fanatismo!Isto posto, repudiamos tal irresponsável teologia escatológica especulativa que serve mais para confundir, do que para elucidar a questão. --------------------------------------------------------------------------------Notas bibliográficas[1] Persch, Léo. A Segunda Vinda de Jesus. Campinas: Ed. Raboni, 1995, p. 155.[2] Malgo, Wim. Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas? Porto Alegre – RS: Obra Missionária Chamada da meia-Noite, p. 35.[3] Para saber mais sobre o uso deste número em nosso século ver “O Controle Total – 666”, Wim Malgo, “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” – Porto Alegre-RS.A Kia Motors do Brasil é, desde maio de 1992, representante oficial da montadora sul-coreana no país. No site oficial http://www.kia.com.br/empresa.php encontramos a frase: "O sucesso foi tão expressivo que, ainda hoje, dez anos após o seu lançamento, a Besta ainda é sinônimo de van no mercado brasileiro."[4] Para ver uma defesa do próprio inventor do código de barras George J. Laurer, contra esta neurose religiosa acesse o site na sessão de perguntas e repostas http://www.laurerupc.com/.Obs: Há alguns anos houve um verdadeiro pandemônio entre Milhares de sacerdotes, monges e fiéis cristãos ortodoxos russos que recusavam-se a aceitar os novos números do cadastro de contribuintes (equivalente ao CPF) dados pelo governo, afirmando que o código de barras no formulário continha a marca da besta. [5] Revista Adonay, sob o título “A Marca da Besta”. Ano 4 – nº 23 –julho e agosto de 2000, pp. 26-29. [6] O site http://www.relatorioalfa.com.br/, garante que empresa americana está pronta para marcar 75 mil brasileiros com um micro chip transmissor. [7] Muitas coisas já foram identificadas com o famigerado 666. Exemplos foram extraídos do código da internet WWW, onde convertem o W em número romano VI=6; VI VI VI = 6 6 6. O sinal da besta seria o computador, na testa (com o monitor) e na mão (com o mouse). Também encontraram o número na frase “Viva, Viva, Viva a Sociedade Alternativa”, da música do ex-roqueiro Raul Seixas, onde transformaram a sílaba VI em algarismo romano V = 6. Então o VIva VIva VIva, virou 6 6 6. “ Marquei um X, um X, um X no seu coração” da cantora Xuxa também se enquadraria na famosa continha. Segundo dizem a letra X pronunciada em português seria XIS, lendo de trás para frente vira SIX que em inglês é 6. Então SIX,SIX,SIX = 666. [8] Deve-se ter em mente que o original grego não trazia a divisão em capítulos e versículos. A primeira Bíblia que trouxe esta divisão foi a Vulgata em 1555.[9] Exemplos deste tipo podemos encontrar no Corão muçulmano e no Bhagavad Gita indiano.[10] Champlin, R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo - vol. 6, São Paulo: Ed. Hagnos, 2002, pp. 560-562.[11] Ele alegoriza os 318 servos de Abraão (9:8), ao se referir a morte de Cristo na cruz, na base de que a letra grega para 300 tem a forma de cruz e que os numerais gregos para 18 são as duas primeiras letras do nome de Jesus.[12] Champlin, R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo - vol. 6, São Paulo: Ed. Hagnos, 2002, pp. 560-562.Obs: Os manuscritos usados por Ireneu são conhecidos como manuscrito C (Codex Ephraemi Rescriptus) do séc. V d.C; e o itz do Séc. VIII d.C. Curiosamente o manuscrito conhecido como itar do séc. IX d.C. trás o nº 646.[13] Uma defesa ardorosa deste ponto de vista foi feita pelo Dr. Aníbal Pereira dos Reis, em seu livro “O número 666 de Apocalipse 13.18” Ed. Caminho de Damasco.[14] Citado em “Profetas e Prognósticos – visionários otimistas e pessimistas de Delfos até o Clube de Roma”, Helmut Swoboda, São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1980, p.70.[15] Ibid., p.72.[16] Outros nomes nesta lista : Constantino, Martinho Lutero, reverendo Pat Robertson, reverendo Moon, Yasser Arafat, Aiatolá Khomeini, Saddan Hussein, Kennedy, Mussolini, Balaão, Ronald Reagan, César, Adonição em hebraico, Calígula, rei Juan Carlos da Espanha, Ismet o pai da Turquia moderna, imperador Frederico II da Alemanha, rei George II da Inglaterra, Nikita Kruschev, Napoleão, Joseph Stalin, Mussolini. Até mesmo o nome Jesus de Nazaré" em hebraico (YRSN VSY) dá 666. Também a própria "besta" em grego (= Thérion) escrita com letras hebraicas (= TRYVN) soma 666.Para uma defesa de Bill Gates veja o site http://www.dgol.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1116. [17] Alguns estudiosos adventistas afirmam que Ellen White atribuiu o nº 666 não a besta, mas a sua imagem. Para mais informações ver o livro "A Word to the Little Flock". Extraído do site www.jovemadventista.com/religiao/666/666[18] Op. Cit., Casa Publicadora Brasileira, 1991, p. 214.[19] Para ver mais sobre esta omissão consultar 1) As profecias do fim pág. 316-318 - Autor Hans K. La Rondelle (Professor emérito de Teologia da Univ. de Andrews)- Publicado pela ACES (1999); 2) Apocalipse: suas revelações pág. 413-415 - Autor C. Mervyn Maxwell (diretor do departamento de História Eclesiástica e professor de História da igreja na universidade de Andrews)- Publicado pela ACES (1991)Curiosamente a lição da Escola Sabatina de 20 a 27/05/2000 que tratava sobre a famosa tríplice mensagem angélica, omitiu que a besta do Apocalipse é o papa. Os termos "falsos sistemas religiosos" e "falsos sistemas de adoração" são utilizados para substituir os costumeiros "Roma" e o "poder papal" tão marcantes no livro "O Grande Conflito".[20] Op. Cit., 1998, p. 196. [21] Para mais informações http://www.geocities.com/osarsif/ [22] Revista Defesa da Fé, Edição Especial 2000, p. 278.[23] Panfleto “666” de autoria de D. Mathyas Pynto, líder de uma facção deste movimento. Cópias dos originais nos arquivos do CACP..[24] Para uma defesa desta tese ver “Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento”, Rio de Janeiro: Ed. CPAD, 2003, pp. 1891-1893.[25] Revista "Chamada da Meia-Noite, janeiro de 2004.[26] Sr., Lockyer Herbert. Apocalípse: O Drama dos Séculos. Miami, Flórida EUA: Ed. Vida, 1982, pp. 141-142.[27] Veja este exemplo usando o nome do dono da Microsoft, Bill Gates: Se você usar a chamada linguagem ASCII que consiste em pressionar ALT+66, aparece a letra B, Alt+73=I, Alt +76=L, Alt+76=L, Alt+71=G, Alt+65=A, Alt+84=T, Alt+69=E e por fim Alt+83=S. Somando todos estes números, obtem-se o número 663. Mas como isto não se encaixa, lembraram que ele se chama Bill Gates III (terceiro). Então 663+3=666. Fácil, não? Porém se esqueceram que o nome dele não é Bill, mas William Gates III.Eis um exemplo típico de quase todos os “caçadores de besta”: preferem ignorar os fatos a abdicar de suas idéias preconcebidas.

Presbítero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de religiões, vice-presidente do CACP e escritor.
Materia extraída na Integra do Ministério CACP
http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=919&menu=7&submenu=4

sábado, 17 de janeiro de 2009

Josué Conduz Israel na Travessia do Jordão




I - De Sitim á margem oriental do Jordão
II- Josué exorta o povo á santificação
III-Josué apronta o povo para a travessia milagrosa

Moisés sobe ao monte nebo ao cume do pisga, vê a terra prometida e morre
(Dt 31.1-5), porque o Senhor dissera que ele não entraria na mesma; apenas com seus olhos contemplou-a.
E disse-lhe o Senhor esta é a terra de que jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: a tua semente a darei... Ora! Moisés conduziu a nação para fora do Egito, mais o plano de Deus ainda estava em andamento.
Agora é a vez de Josué conduzir o povo para dentro de Canaã. Ele estava preparado; a despeito das dificuldades, nunca deixou de animar o povo com suas palavras de incentivo, fé e esperança (Nm.14.6-9).
I- De Sitim á margem oriental do Jordão

Encorajados pelo relatório dos espias, os israelitas transferiram seu acampamento de Sitim, a cerca de dez quilômetros, para um lugar a menos de dois quilômetros do Jordão. (Sitim situada nas planícies de Moabe, a nordeste do mar Morto, próximo ao Jordão), (Js 2.24).

Vale do Jordão-A mais profunda depressão do mundo. A partir das profundezas do mar Morto, esta região atinge 860 metros abaixo do nível do mar até uma altitude superior a 260 metros em um dos picos do Arabá; as cidades de Adã, (localizada na confluência dos rios Jaboque e Jordão), e Jericó (situada no vale do Jordão, cerca de 13 quilômetros a noroeste da junção do rio Jordão com o mar Morto).

1. O último acampamento e o lamento de Israel

Josué é agora o novo líder dos filhos de Israel . Moisés está morto.
Josué está com a cabeça curvada e o coração solitário, porque o seu sábio conselheiro e amigo partira (Dt 34.7,8). Quantos não estariam contentes com a ausência de seu líder por saber que assumiria seu lugar; mas, Josué estava triste. Quando o Senhor animou seu coração dizendo: Moisés meu servo é morto; levanta-te, pois agora... Deus tem pressa de realizar seus planos e já tem os seus escolhidos, nada pode impedir os projetos de Deus (Is 43.13c).
Israel tinha de esperar que Moisés partisse. Para o cristão, Moisés representa a lei, e Josué representa Cristo. Precisamos de Moisés e de Josué juntos para apresentar simbolicamente a obra completa de Cristo.

II-Josué exorta o povo á santificação

1. Uma geração equilibrada vai até o fim

De uma multidão que Moisés tirou do Egito pelo braço forte do Senhor, uma geração ficou para trás (Mt 20. 16 b), apenas Josué e Calebe chegaram lá. Os murmuradores, os insatisfeitos com os ensinamentos do Senhor, só lhes restaram à saudade das comidas do Egito. Esqueceram da escravidão que vivia; coitados, pereceram no deserto escaldante da incredulidade.
No capítulo três do livro de Josué e versículo cinco, o povo é convocado a santificar-se para poder contemplar as maravilhas do Senhor. O milagre está prestes a acontecer, precisava agora todos estar purificados, pois era um dia especial que Deus preparou para aquela travessia. O Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, pelas chuvas da primavera e pelo degelo da neve nas montanhas do Líbano. Aos olhos humanos era impossível atravessar, pois a correnteza era muito forte. Mas o Deus qual estamos falando acalma tempestade abre mar, abre rios fazendo as águas se amontoarem onde Ele quer como quiser. Os seus pensamentos não podem ser impedidos (Jô 42.2), porque para Ele nada é impossível.

III-Josué apronta o povo para a travessia milagrosa

1. A segurança
Depois da obediência do povo ao plano divino, nada mais poderia impedir o sucesso, a vitória. Agora Israel marcha após a Arca do concerto, todos em santidade ao Senhor, da maneira que Deus quer os seus servos, santos, porque Ele é santo. Aleluia! (I Pe 1.16).
O verdadeiro líder levanta a alta estima do povo, confia no Senhor e leva muitos a prática da fé (Js 3.10).

2. Ideal alcançado
O povo atravessa o Jordão. Podemos imaginar que todos ficaram maravilhados com o que viram e quem não ficaria. Como poderia atravessar uma grande multidão, com mulheres, crianças e bagagem?
Deus tinha um modo. Ele deu a orientação para o povo seguir. Martinho Lutero disse: “Eu não conheço o caminho pelo qual ele mim guia, mas conheço muito bem meu Guia”. Quando Deus dá uma ordem, ele nos capacita para cumpri-la.


A liderança de Josué foi confirmada diante de todo Israel, fortalecendo ainda mais a fé do povo. Josué foi engrandecido não só diante de Israel, mais diante das nações pagã.
Deus é Deus de maravilhas de milagres e que cuida do seu povo.

Que Deus abençoe !

Comentário da EBD - Lição n° 3- 18/01/2009
Comentário: Diácono, JOSÉ APARECIDO DA SILVA.
Texto áureo: (Js 3.5)
Leitura bíblica em classe:(Js 3.1-7)


sábado, 10 de janeiro de 2009

Israel na fornalha dos gentios


Israel na fornalha dos gentios

O sonho de Nabucodonosor

Nesse sonho, Deus revela seu plano para com as nações gentílicas (Lc.21:24). Esse capítulo é conhecido como o ABC da profecia, e contém o mais simples e completo quadro de toda a Bíblia.

Israel havia sido infiel a Deus; por isso Deus entregou a Nabucodonosor o poder para governar as nações e deu-lhe um sonho que fez com que ele ficasse perturbado em seu espírito e não pudesse dormir mais. Ele procurou a solução para os seus problemas chamando os:

· Magos - possuidores de conhecimentos ocultos

· Astrólogos - aqueles que buscam sinais nas estrelas

· Encantadores - invocadores de espíritos malignos

· Caldeus - classe de homens "sábios" em Babilônia

No capítulo 2, versículo 4, Daniel começa a escrever em idioma aramaico. Deus fez com que a profecia maior da Bíblia, relativa às nações gentílicas, fosse escrita em língua gentílica. O aramaico era a língua internacional no tempo de Nabucodonosor. A partir de Daniel 7:28, a Escritura continua novamente no idioma hebraico.

O sonho de Nabucodonosor não foi "um sonho a mais", porém ele disse: "eu esqueci o assunto". A palavra original significa "seguro", "certo" ou "firme". Então, o rei disse: "O assunto é seguro". É possível que ele tivesse dito que o havia "esquecido" para provar os sábios Nabucodonosor possivelmente pensou que se eles pudessem prever alguma coisa, então mais facilmente poderiam saber o passado.

A resposta dos caldeus:

Não há ninguém... Que possa declarar a palavra ao rei

Nenhum rei há... Que requeira coisa semelhante·

A coisa... É difícil

Ninguém há que a possa declarar... Senão os deuses

Eles tinham razão, o assunto não era de homens, nem do diabo e seus demônios, porque era assunto do Espírito de Deus.


Uma revelação de Deus

A falta de uma resposta dos "sábios" provocou a ira de Nabucodonosor, que ordenou que todos os caldeus (sábios) fossem mortos. Daniel e seus companheiros também seriam vítimas dessa matança. Tudo isso permitiu que Daniel e seus amigos tivessem oportunidade para demonstrar a grandeza de Deus, do Deus de Israel diante do rei. Por sua humildade e busca, Daniel recebeu a revelação de Deus com respeito ao sonho. E isto resultou no cântico de Daniel. Certamente houve muita alegria entre Daniel e seus companheiros por ter recebido a revelação do sonho.


O conteúdo do sonho

Aríoque, o encarregado de promover a matança, colocou a sua própria cabeça em perigo ao dizer: "Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá". Pensando de forma natural, melhor teria sido matar os sábios sem dizer nada ao rei. Certamente Nabucodonosor teria ordenado que a cabeça de Arioque fosse cortada se Daniel não tivesse sabido qual era o sonho e a sua interpretação.

Daniel explicou que o sonho seria para fim dos dias ou para os dias vindouros. Estas frases incluem eventos que, para os dias de hoje, são parte da história. Ou seja, em nosso tempo, já vivemos estes dias posteriores.

Por que Deus escolheu um rei pagão para revelar tão grandes mistérios? A resposta para esta pergunta tem a ver com a rebelião de Israel contra Deus. Nabucodonosor, mesmo tendo sido o receptor do sonho, não entendeu o seu significado. Além do mais, não haveria entendido a importância de sua interpretação; nem sequer o sonho teria causado impacto nele. Era a revelação do sonho esquecido que lhe causou admiração. Concluindo, esse rei pagão não entendeu nada da revelação divina.

Daniel descreveu a estátua do sonho e a pedra cortada sem auxílio de mãos, na presença do rei. Isto serviria como introdução para a interpretação do sonho.



A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

O sonho de Nabucodonosor apresenta o curso do tempo dos gentios, mas, antes de dar a interpretação, Daniel faz Nabucodonosor saber que "há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; ele fez saber...".

Daniel, através da interpretação, identifica Nabucodonosor pessoalmente com a cabeça de ouro, e diz que ele é rei de reis. Esta frase era usada para se falar dos imperadores da Babilônia, Média e Pérsia. A idéia era que havia "reis" debaixo da autoridade de outro "rei" maior.

Deus deu a Salomão grandes promessas. Estas promessas vieram de Deus desde os tempos antigos através dos patriarcas. A grandeza de seu reinado, mesmo tendo sido curta, mostrou o que poderia ter sido, mas Salomão foi atrás das loucuras e prazeres carnais. Por isto Israel perdeu por um tempo - que ainda não se cumpriu - seu reinado universal. Os impérios gentios, começando por Babilônia (605 a.C.) e seguindo por outros impérios descritos por Daniel nesta porção que estamos estudando, tem substituído temporalmente o reinado que deveria ter sido exercido pelos judeus.

O segundo reino do sonho é o Medo-Persa, e corresponde aos peitos e braços de prata. Este reino sucedeu ao Império Babilônico no ano 539 a.C.

O ventre e os músculos de bronze representam o Império Grego, que foi estabelecido por Alexandre "O Grande" no ano de 331 a.C., depois de sua vitória sobre Dario III. (Dn 8:20, 21; Dn 8:7, 8).

O último Império, o Romano (27 a.C.), foi dividido primeiro em duas partes (as duas pernas da estátua, 330d. C., época de Constantino) e depois em dez partes (os dedos dos pés, futuro). (Dn 2:40)

As pernas da estátua, o último Império, foram cumpridas na divisão do Império Romano em duas partes: o Império Romano do Ocidente (Roma) e o Império Romano do Oriente (Constantinopla, Império Bizantino - Dn2:41).
Mais de dois mil e quinhentos anos têm-se passado e agora os dedos dos pés da estátua estão prestes a ter o seu cumprimento. A União Européia (antes o Mercado Comum Europeu, que já tem uma moeda única - o euro) integrada por um grupo de nações, unida por motivos econômicos e comerciais, pode representar os dedos da estátua vista por Nabucodonosor em Daniel 2:41.

Mesmo que o número de membros possa variar até a manifestação do anticristo, serão dez os da aliança quando a besta se apresentar.

Atualmente, na União Européia existem mais de dez nações, mas a união final - esta ou outra - será a Nova Roma e estará localizada no território que geograficamente pertencia ao antigo Império Romano. As Nações da União Européia já têm formado o seu parlamento e têm como sede Bruxelas, capital da Bélgica.

As dez nações formarão uma aliança de ferro e de barro. A mistura do ferro e do barro representa a mistura de várias formas de governo, unidas através de alianças. (Dn 2:43).

A estátua é destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos (o Rei Jesus, em sua segunda vinda) e a pedra se expande em forma de um monte que encherá toda a terra.

O sonho representa a grandeza do poder mundial dos gentios visto pelos olhos de um rei pagão, Nabucodonosor. Essa grandeza é passageira e será destruída pelo Rei Jesus em sua vinda.

Abaixo da cabeça de ouro, os metais perdem o valor, mas ganham força. Roma era a mais forte em potência militar e a mais fraca em sistema governamental. Cientificamente tem-se comprovado que o barro cozido é de alta resistência, mas parte-se com facilidade por não ceder à pressão (baixa elasticidade), agüentando até o momento final antes de quebrar-se. O ferro, por outro lado, aparenta ser mais resistente, mas, sob pressão, fica deformado: não acontece assim com as cerâmicas modernas. Utilizando-se a cerâmica tem-se fabricado motores experimentais de automóveis e diversos aparelhos que agüentam a força e as altas temperaturas que destruiriam o próprio ferro.

Tudo isto comprova a inspiração divina do sonho e sua interpretação, já que Deus conhecia a natureza da cerâmica antes do homem.

A pedra cortada sem auxílio de mãos destruiu o sistema mundial dos gentios (em sua forma final). É então quando a pedra se tornará um grande monte, que encherá toda a terra. A destruição do sistema mundial dos gentios não ocorreu na primeira vinda de Cristo. A ação descrita pela pedra, Cristo, em sua destruição da estátua (símbolo do sistema mundial dos gentios), terá seu fiel cumprimento na segunda vinda.


Daniel é honrado

Nabucodonosor, humilhado, reconheceu superficialmente o Deus de Daniel, declarando que Ele era o maior entre todos os deuses. No capítulo 4, o rei alcançará maior compreensão do único Deus.


A fornalha da prova

A fornalha do poder gentílico verdadeiramente tem queimado os filhos de Israel durante mais de dois milênios. O capítulo 2 do livro de Daniel, que acabamos de estudar, apresentou esta fornalha através da figura da estátua que o rei Nabucodonosor viu em seu sonho. Agora vemos esta mesma fornalha tipificada através da experiência de três jovens santos de Deus pela narração do capítulo 3 de Daniel que:

· Demonstra o cuidado de Deus para com seus filhos.

· Nos ensina lições proféticas profundas.

Possivelmente, inspirado por seu sonho, Nabucodonosor mandou construir uma estátua de sessenta côvados de altura e seis de largura. Essa estátua era de ouro. Esses números poderiam, provavelmente, estar relacionados com o número seiscentos e sessenta e seis de Apocalipse 13:18.

Ao estabelecer culto à estátua, Nabucodonosor estava misturando o poder político com a religião. E isto é feito em países comunistas, onde a religião é o Estado (exemplo, a China, o país mais povoado do mundo). No caso da Babilônia, Nabucodonosor era o Estado; portanto, prostrar-se perante a estátua era prostrar-se perante Nabucodonosor. O ato de adorar aquela imagem tipificou então o que haverá de acontecer na metade da grande tribulação, com relação ao anticristo.

Os amigos de Daniel recusaram-se ajoelhar perante a estátua. Isto trouxe sobre eles a ira de seus inimigos, que os acusaram maliciosamente; esta frase significa literalmente "comer a carne de alguém". Havia inveja e preconceito para com esses santos varões de Deus somente pelo fato de eles serem judeus.

Ao desobedecerem à ordem de adorar a estátua, os servos de Deus atraíram para si a ira de Nabucodonosor, que disse: "E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?". O rei demonstrou falta de entendimento. Como homem natural, ele não entendeu bem o que havia afirmado naquele momento.
Os jovens judeus fizeram a confissão de sua fé diante de Nabucodonosor.

Reconheceram o poder do Deus de seus pais, pois se mostraram prontos para o martírio, se isso fosse necessário. Eles não se importaram com o preço que teriam de pagar, pois continuariam a ser fiéis ao seu Deus, custasse o que custasse. "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl.116:15).

O soberbo Nabucodonosor teve um susto. Um quarto varão apareceu na fornalha com os três jovens. Aquele era o anjo do Senhor: uma aparição de Cristo pré-encarnado (Cristofania). Seria, então, Jesus que tirou os jovens da fornalha sem que eles queimassem um só fio de cabelo. Nabucodonosor lhes chamou: "servos do Deus Altíssimo".

Ver neste capítulo apenas o cuidado providencial de Deus seria perder muito de seu significado. Temos também a lição profética que agora vamos destacar.
Os três homens judeus representam a nação de Israel. Da mesma forma, esse povo continua seguindo avante mesmo que se encontre na fornalha do poder gentílico. Deste ponto de vista humano, Israel deveria ter sido consumido. Não há outra nação que tenha permanecido indestrutível em meio a tanta perseguição.

O homem tem desafiado a autoridade de Deus desde o princípio. As ações de Nabucodonosor, ao edificar sua estátua, constituem uma mostra a mais da rebelião da humanidade contra Deus.(Jó 13:15; Ap12:11; SI 116:15; Dn 3:25; Is 43:2; Dn 3:26; Gn 3:12; Gn11:4)


Considerações

Daniel 3 e Apocalipse 13 são complementares em suas mensagens quanto ao tratamento de Deus com Israel. Daniel 3 assinala o princípio dos tempos dos gentios e Apocalipse 13, o fim do mesmo.

Devemos ver o passado para entender melhor o conceito de Babilônia. Como uma idéia humana de governo, Babilônia começou em Gênesis 10 e 11. Estes capítulos de Gênesis dão a primeira idéia de que Babilônio é um sistema que quer colocar o homem acima de Deus. Babilônia representa uma religião e ideologia. E o que provém de Satanás. O diabo tem tentado estabelecer seu reino aqui na terra em oposição ao reino dos céus. A torre de Babel representa a religião da Babilônia, que é o sistema que deseja unir os homens para destruírem Deus, e não deixará de existir até que Jesus estabeleça o seu reinado. Esse sistema chegará à sua máxima expressão nos dias do anticristo. Este capítulo apresenta a exaltação do governo satânico, a perseguição dos santos até a morte e a maneira como Deus terá um especial cuidado com Israel, apesar de tudo. Veja-se Apocalipse 12:14.
Nabucodonosor é um símbolo do anticristo. E Babilônia o do sistema político-religioso que será estabelecido nos últimos dias. Os jovens judeus na fornalha tipificam o que Israel experimentara na tribulação. O resgate dos jovens representa a libertação de Israel na tribulação.

Israel tem sofrido na fornalha do poder gentílico há séculos. Notamos que este capítulo deixa bem claro o cuidado de Deus para com o seu povo, mesmo estando ele na fornalha de fogo.

Além do mais, Babilônia na Bíblia indica a rebelião dos homens contra Deus. Em nossos dias, essa rebelião contínua, mesmo que disfarçada de muitas maneiras. "Toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus" (2 Co 10:5) é parte desta rebelião. Podemos mencionar o chamado movimento da Nova Era como o exemplo mais notório dessa rebelião no mundo atual.

Babilônia como cabeça de ouro do capítulo 2 toma-se um tipo ou modelo da cabeça do sistema gentílico. Esse sistema tem como objetivo eliminar a Deus e exaltar a Satanás.

Outra consideração que podemos acrescentar concernente ao barro cozido é a sua identificação com a matéria-prima que a tecnologia moderna está providenciando ao mundo de hoje para fabricação de "microcircuitos". Esta matéria é mesmo barro cozido e se chama silício. Os elementos ou circuitos eletrônicos míniaturizados, feitos desta matéria, tem poder de veiculação de informação que poderá ser determinante no domínio do mundo pelo anticristo.

Em nível dos que manipulam esse poder econômico, considera-se que a "informação" é mais preciosa que o ouro. Também as instituições policiais e de espionagem podem vigiar o fluxo de informação para seus fins correspondentes. Por exemplo, com as modernas centrais digitais, que se encontram em uso em quase todo o mundo, pode-se gravar toda a conversação para ser utilizada em algum momento-chave. Se estão procurando as pessoas que vendem drogas, os usuários desse sistema poderão programar o que esteja relacionado com esta palavra, ficando assinalado este tema para ser revisto posteriormente.

O ferro é a fortaleza bélica (Dn 11:38) e o barro cozido poderia ser a fortaleza informatizada do controle total sobre os homens. Este controle computadorizado em mãos de um ditador mundial poderá constituir-se numa das grandes ferramentas de domínio. Pode ser usado para vigiar, desde satélites, um sem-número de sistemas militares e a implementação do sistema econômico que não usa moedas (fundos eletrônicos). Isto facilitaria a implantação de Apocalipse 13:17.

Quando Daniel escreveu a sua profecia era impossível imaginar que algo tão insignificante como o "barro" pudesse tomar-se uma matéria-prima que facilitaria a ditadura do iníquo (2 Ts. 2:8,9).


Resumo dos símbolos

· A grande estátua que Nabucodonosor construiu é um símbolo da imagem idólatra que será construída em honra ao anticristo (Ap. 13), em cumprimento das palavras de Jesus Cristo em Mateus 24:15.

· Assim como os jovens recusaram-se a adorar a imagem, tampouco o farão os judeus fiéis durante a tribulação.

· Babilônia, construída por Ninrode (em hebraico, Ninrode significa "rebelde") representa um sistema político - religioso. É intenção de Satanás construir um reino aqui na terra. Esse chegará ao seu ponto máximo no Apocalipse 18, e será destruído por Deus.

· Nabucodonosor é um tipo do anticristo.

· Na libertação dos jovens judeus, vemos de forma figurada a libertação do remanescente de Israel durante a tribulação.


OS QUATRO ANIMAIS

Capítulo 7

Voltemos ao estudo dos quatro impérios gentios, representados nesta seção na forma de quatro animais. Esse capítulo termina com a destruição do pequeno chifre, que será o personagem que terá todo o poder do último império gentio nos dias finais da presente dispensação.


A visão dos quatro animais

Os capítulos 2 e 7 de Daniel são paralelos. Mostram um período chamado os tempos dos gentios.

O capítulo 2 apresenta os acontecimentos vistos a partir da perspectiva humana, e o capítulo 7, os mesmos eventos a partir da perspectiva divina.

Nabucodonosor viu os impérios gentios como algo grande, algo maravilhoso, mas Deus os contempla como animais. A revelação bíblica é progressiva, desse modo o capítulo 7 proporciona maiores detalhes que o capítulo 2.
O Mar Grande pode referir-se ao mar Mediterrâneo. Todos os países dessa profecia encontram-se ao redor do mar Mediterrâneo. É também possível que fale das massas populares em estado de tumulto.

O primeiro animal representa o Império Babilônico e o rei Nabucodonosor. A identificação deste animal é paralela à experiência do rei Nabucodonosor, quando ele foi humilhado por Deus e andou como um animal. (Dn 2:38b; Dn 7:4)

O segundo animal representa o reinado do Império Medo-Persa. O qual se levantou de um lado indica que o Império Persa seria mais proeminente. As três costelas na boca do urso falam da conquista por este império dos remos da Lídia (não Líbia), Egito e Babilônia. (Dn 7:5; Dn 2:39a).

O terceiro animal representa o Império Grego-Macedônico, estabelecido por Alexandre Magno no ano 331 a.C.. Aquele animal possuía quatro cabeças. E estas quatro cabeças simbolizam as quatro divisões do império feitas por seus quatro generais, quando Alexandre morreu.

O quarto animal representa o Império Romano. O chifre pequeno é uma pessoa. Uma boca que falava com vanglória adverte que o personagem do chifre pequeno fará promessas e declarações extraordinárias, que assombrarão a humanidade. Também falará coisas portentosas contra Deus. Este chifre pequeno é o próprio anticristo.

O quarto animal voltará a apresentar-se no final do presente século, O espírito do anticristo já está em ação.


O julgamento e o ancião de dias

Daniel viu tronos colocados em forma de tribunal, prontos para um julgamento. Ancião de Dias faz referência a Deus ou Pai como o Juiz eterno. A descrição de suas vestes e de seu cabelo fala de pureza, verdade e santidade. O trono de fogo é símbolo do julgamento de Deus. Rodas de fogo ardente refere-se à mobilidade e ao caráter universal do julgamento. O fogo também representa a glória e a justiça de Deus.

E abriram-se os livros diz respeito aos livros que Deus deu para a humanidade, a santa Bíblia. Os homens serão julgados segundo as suas obras (a lei escrita em seus corações) comparando-as com as normas escritas por Deus em sua Palavra e no livro da vida.

O chifre é o anticristo, representando o Império Romano, que será renovado nos últimos dias. O quarto animal da visão que foi morto faz referência ao julgamento que acontecerá no final da grande tribulação, na gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo.

A pedra cortada sem auxílio de mãos, que feriu nos pés a estátua que Nabucodonosor viu, corresponde à destruição do último animal pelo Senhor Jesus Cristo em sua segunda vinda. (Dn 7:6; Dn 2:39b; Dn 7:7,8; Dn 2:40; Dn 11:36; Ap 13:5,6; 2Ts2:7; Dn 7:9,10; Dn7:9; Dn 7:22,27; Ap 20:12,13; 1 Co 6:2,3; Hb 12:29; Dn7:l0 b; Ap20:12; Rm 2:1416; Hb4:12; Dn7:11; Ap19:17.21; Zç14:14; Dn 2:34; Dn 7:11)


A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM VISÃO

O termo filho do homem refere-se ao próprio Messias. Em vários lugares esta mesma expressão é usada em alusão à segunda vinda de Cristo. ((Dn. 7:13,14; Mt.24:27,37,44; Mt. 25:31; Mc. 8:38; Lc.17:30)

Contemplamos a apresentação de Cristo perante o ancião de dias. Daniel teve o privilégio de estar presente na entrega do domínio, glória e reino a Jesus. (Dn.7:13; Sl. 2:6-9)


A interpretação da visão

O mensageiro celestial identifica os quatro animais com quatro reis que se levantarão na terra. O reino do Messias sucederá ao último e os santos reinarão com o Senhor. (Dn. 7:15:28).

O quarto animal descrito no livro de Daniel refere-se ao Império Romano, enquanto que o primeiro animal, descrito em Apocalipse, fala do pequeno chifre (anticristo) de Daniel. E notório os paralelos que existem entre os dois.

O chifre pequeno, que é também o primeiro animal do Apocalipse e o anticristo, ordenará uma perseguição dos santos como nunca houve na história. (Dn.7:21; Ap.13:7).

Chegará o momento em que, da cabeça do quarto animal (Roma), descrita no livro de Daniel, sairão dez chifres (reis). Dos dez sairá o pequeno chifre (anticristo), o primeiro animal de Apocalipse, que derrubará três dos dez reinos em sua ascensão ao poder. (Dn.7:20, 24).

O pequeno chifre blasfemará contra Deus abertamente. A condição atual do mundo indica que estamos perto da apresentação do perverso anticristo. (Dn. 7:20; Ap. 13:6; II Ts. 2:3,4).

O período de poder máximo do anticristo é de um tempo, e tempos, e metade de um tempo, o que significa os três anos e meio do Apocalipse. ( Dn.7:25; Ap. 11:2,3; Ap.12:6,14; Ap.13:5).


Considerações

Os tempos dos gentios começaram no ano 605 a.C. com a primeira deportação dos judeus e a desolação de Jerusalém. Terminarão com a segunda vinda de Cristo, e então Ele iniciará o seu reinado de glória sobre a terra e as promessas para com o povo de Deus, Israel, serão cumpridas.

O reino visível do Messias ainda é futuro. Conforme Daniel capítulo 7, será estabelecido depois da destruição do pequeno chifre (o anticristo) e do poder gentio.

Na primeira vinda do Messias não houve nenhuma ação de sua parte para Ele se estabelecer como rei. Ao contrário, Ele foi crucificado. Sua segunda vinda será totalmente distinta e não haverá poder humano ou diabólico que possa impedi-lo.


Pérsia e Grécia

Cronologia Histórica (Reino Medo - Persa):

"Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C., embora a conquista de Babilônia ocorreu em 539 a.C. e morreu em 528 a.C. Dário chegou a ser rei em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado Longimanus, porque tinha uma das mãos mais cumprida do que a outra), começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou janeiro de 424" (extraído da Bíblia Explicada, p.155, CPAD).

Daniel 8.1-4. A segunda visão de Daniel no 3o ano de Belsazar, datada aproximadamente em 550 a.C., também precedeu a destruição da Babilônia em 539 a.C. A profecia contida nesta revelação, todavia, tem a ver com o 2o (Medo - Persa) e o 3o (Grego) impérios indicados na imagem de Daniel 2, com o tórax e os braços de prata e as coxas de bronze. Poucos detalhes são apresentados em Daniel 2 e 7 sobre o 2o e o 3o impérios, embora sua presença seja indicada.

Aqui, Daniel registrou uma visão que oferece detalhes sobre como o 2o e o 3o império apareceriam no cenário mundial.

Daniel disse que sua visão ocorreu quando ele estava em Susã, na província do Elão, uma das capitais persas, que ficava a 300 quilômetros da Babilônia. Ele não indica que estava a serviço do governo de Belsazar, nem explica por que se encontrava em Susã. Mais tarde, após os medos e persas terem conquistado o Império Caldeu, Xerxes construiu em Susã um magnífico palácio, que serviu de cenário para o livro de Ester, e onde Neemias serviu como copeiro do rei Artaxerxes (Ne 1.11).

Nesta visão, Daniel viu-se às margens do canal de Ulai, cujo rio de igual nome fluía de um ponto cerca de 220 quilômetros ao norte de Susã até o rio Tigre, ao sul. A localização da visão é importante somente por situar o contexto das relações com a Medo-Pérsia e a Grécia.

Daniel assim descreveu esta visão: "Levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia' (Dn 8.3,4).

Mais adiante, Daniel soube o significado da visão: "Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia" (v. 20).

O carneiro corresponde claramente ao império dos medos e persas porque os dois chifres representavam, cada um, a Média e a Pérsia, e o maior simbolizava o poderio persa. Eles foram capazes de destruir todos os que se lhe opuseram, indo para o Oeste, o Norte e o Sul (v. 4). Isso incluiu a conquista da Babilônia, bem como a de outros remos que ficavam a oeste da Pérsia. Em termos da história bíblica, o poder persa atingiu o seu triunfo mais significativo com a conquista da Babilônia, em 539 a.C. Até a chegada de Alexandre, o Grande, no cenário político mundial, cerca de 200 anos mais tarde, o poder persa predominou no Oriente Médio. Embora Daniel estivesse vivo e observasse o cumprimento das profecias ligadas à destruição da Babilônia e à chegada dos medos e persas durante sua existência, não viveu o suficiente para ver o desfecho do império persa revelado por sua profecia.
Daniel 8.5-8. À medida que Daniel observava o carneiro que conquistava tudo à sua volta, ele escreveu: "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele. O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu" (vv. 5-8).

Conforme Daniel declarou mais tarde, "o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v. 21).

Claramente, Daniel afirma que o bode representava a Grécia, um pequeno e insignificante país naquela época, mas que estava destinado a dominar o Oriente Médio, por meio de Alexandre, o Grande. Ao invés de dois chifres, que seria o normal para um bode, havia apenas um, situado entre os olhos, identificado como "o primeiro rei" (v. 21).

Toda a visão concernente à Grécia descrevia, mais apropriadamente, as conquistas de Alexandre, o Grande, que, com movimentos rápidos de suas tropas, conquistou todo o Oriente Médio e chegou a controlar parte da Índia. Conquistador algum antes dele jamais cobrira tanto território tão rapidamente. Assim, o fato de que na visão o bode aparece como que voando, sem tocar o solo, correspondia à rápida conquista de Alexandre, o Grande. Isso também fica implícito na visão do capítulo 7, onde o terceiro império, a Grécia, foi comparado a um leopardo, um animal muito rápido, que na visão aparece com quatro asas, para indicar sua grande velocidade (Dn. 7.2).

A predição de que o grande chifre, que representava Alexandre, o Grande, seria quebrado no auge de sua força, cumpriu-se literalmente na morte prematura deste grande conquistador, na Babilônia, enquanto ele e seus exércitos celebravam seu retorno da conquista dos territórios entre a Caldéia e a Índia. Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., aos 33 anos de idade, um homem capaz de conquistar o mundo, mas incapaz de reprimir seus próprios impulsos.

Depois da morte de Alexandre, suas conquistas foram divididas entre quatro generais, indicados pelos quatro chifres. Cassandro recebeu a Macedônia e a Grécia; Lisímaco ocupou a Trácia, a Bítínia e a maior par te da Ásia Menor; Seleuco assumiu a Síria e a área ao leste deste país, inclusive a Babilônia; Ptolomeu ficou com o Egito, e provavelmente a Palestina e a Arábia. Embora outro líder subordinado a Alexandre, chamado Antígono, desejasse ocupar o poder, foi facilmente derrotado. O fato de os territórios conquistados por Alexandre, o Grande, serem divididos em quatro partes, não em três ou cinco, foi mais um testemunho da exatidão profética de Daniel. A precisão é tão óbvia que eruditos liberais querem considerar as mensagens de Daniel uma história escrita depois dos fatos, por alguém que assumiu o nome de Daniel, sem ser o personagem do século VI a.C., descrito na Bíblia.

Daniel 8.9-12 - Enquanto Daniel observava a visão, viu um pequeno chifre subir, além dos quatro, que eram proeminentes (v. 8). "De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa" (v. 9). As profecias são muito exatas no que diz respeito à direção. O carneiro, que representava o Império Medo-Persa, expandiu-se principalmente para o Ocidente, não para o Oriente, o que corresponde ao que foi feito pelos medos e persas. O bode, todavia, vindo da Grécia, que ficava no Ocidente, atacou o Oriente Médio (v. 5), o que corresponde às conquistas de Alexandre, o Grande, sempre voltadas para o lado oriental da Grécia. O pequeno chifre aqui mencionado, todavia, manifestou seu poder para o Sul, o Oriente e a "terra gloriosa", ou seja, a Terra Santa.

Há uma distinção óbvia entre o pequeno chifre mencionado aqui e o referido em Daniel 7.8. Este surge do quarto império (Roma), no seu estágio final que, corretamente interpretado, ainda se refere ao futuro. Em contraste, o pequeno chifre do capítulo 8 surge do terceiro império (Grego) e relaciona-se a uma profecia que já se cumpriu.

Daniel prossegue: "Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou" (8.10-12).

A dificuldade na compreensão desta parte das Escrituras deu origem a várias teorias de interpretação. Conforme mencionado anteriormente na introdução ao livro de Daniel, eruditos liberais sugeriram que este texto bíblico seria uma piedosa fraude, escrita no século II, porque criam que a mensagem preditiva não existia. Tal conclusão foi desfeita pela descoberta dos manuscritos de Qumran, entre os quais havia uma cópia do livro de Daniel.

Estes eruditos liberais, com base em suas próprias pressuposições, têm dificuldade em harmonizar esta descoberta arqueológica com a idéia de que um falso Daniel tenha escrito este livro no século II, quando o que foi apresentado como profecia já era história. Eruditos conservadores rejeitam tal teoria, é claro, e aceitam a inspiração e autoridade do livro de Daniel como foram consideradas por muitos séculos, desde o Antigo Testamento e ao longo da história cristã.

A interpretação correta sustenta que esta profecia já se cumpriu na pessoa de Antíoco Epifânio, governante da Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Em geral, os intérpretes conservadores concordam com esta interpretação.

A melhor abordagem é aceitar a passagem primariamente como profecia cumprida, na medida em que Antíoco Epifânio satisfaz os requisitos apresentados na mensagem, embora ainda possa retratar tipologicamente o tempo do fim na pessoa do anticristo.

De acordo com a história, Antíoco Epifânio apresentou-se como deus, para assim lançar por terra "o exército dos céus" (v. 10), ou os poderes celestiais. Ele se manifestou como o "príncipe do exército" (v. 11), a fim de ocupar uma posição de grandeza. Antíoco suspendeu os sacrifícios diários oferecidos pelos judeus no Templo e profanou o santuário deles (v. 13), a fim de transformá-lo num templo pagão. Ele satisfez o requisito de lançar por terra a verdade (v. 12). A história registrou que Antíoco, ao assumir o título Epifânio, que significa "[deusj manifesto", declarou que era divino, tal como o pequeno chifre de Daniel 7 fará na Grande Tributação. Seu papel é semelhante ao do futuro ditador mundial.

Daniel 8.13,14. Daniel relatou que ouviu uma conversa entre dois "santos", aparentemente anjos, sobre quanto tempo seria necessário para que a visão se cumprisse e o "sacrifico costumado" voltasse a ser praticado (v. 13), a fim de defini-la como "a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados" (v. 13).

Daniel foi informado pelo anjo: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" (v. 14).

Em relação aos versículos anteriores como uma referência a Antíoco Epifânio, o v. 14 provocou o surgimento de vários pontos de vista diferentes.

Muitos dos detalhes mencionados nos versículos anteriores foram registrados no livro histórico de 1 Macabeus, que descreve a profanação do templo, a perseguição ao povo judeu e a chamada revolta dos macabeus. Milhares de judeus foram mortos por ordem de Antíoco Epifânio, numa tentativa de erradicar a religião judaica; mas isso de nada adiantou.

A afirmação de que transcorreriam 2.300 tardes e manhãs, antes do santuário ser reconsagrado, provocou uma variedade de interpretações. Os adventistas do Sétimo Dia (uma seita) entendem os 2.300 dias como igual período de anos, e, com base nisso, esperavam o ponto culminante da segunda vinda de Cristo em 1884 (uma das maiores heresias desta igreja). A história é claro, demonstrou que essa não era a resposta certa e assim esta seita é desacreditada até hoje pelos estudantes e conhecedores da Bíblia. Outros sugerem que o número 2.300 incluía sacrifícios da tarde e da manhã, a fim de referir-se a apenas 1.150 dias, ou seja, 2.300 tardes e manhãs. Neste caso o período histórico seria aproximadamente de 168 a.C a 164 a.C. (dizemos "aproximadamente, pois quando nos referimos à história não podemos presumir trabalhar com números exatos)". Vejam o que nos diz esta teoria:


"2300 DIAS OU 2300 SACRIFÍCIOS?

O vrs.14 não fala 2300 dias, mas 2300 tardes e manhãs, que estão relacionados, pelo contexto, com sacrifício diário do templo. Leiamos então alguns textos para entendermos o que Daniel quis dizer:

"Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol" (Êx.29:39); "Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, de aroma agradável, tereis cuidado, para mas trazer a seu tempo determinado. Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto: um cordeiro oferecerás pela manhã, e outro ao crepúsculo da tarde...E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde; como oferta de manjares da manhã"(Nm.28:2-4,8); "...ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde"(Ed.3:3); "...porém eu permaneci assentado atônico até ao sacrifício da tarde. Na hora do sacrifício da tarde..."(Ed.9:4,5). O que Daniel tinha na cabeça eram 2300 sacrifícios e não 2300 dias como querem alguns. O próprio Daniel mostra isso no seguinte texto: "...e me tocou à hora do sacrifício da tarde"(Dn.9:21); "Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.11:31); ou seja, o período de tempo de que envolve o vrs.14 é 1150 dias que corresponde a 2300 tardes e manhãs ou 2300 sacrifícios. O Dr. Nigh (Editora Vida) afirma que no original são 1150 não 2300 dias".

Outra interpretação leva-nos ao fato acontecido em 171 a.C., quando Onias III, o sumo sacerdote, foi assassinado e uma outra linha sacerdotal assumiu o poder. Esse é claro, foi o início da profanação, embora o próprio templo só viesse a ser profanado em 25 de dezembro de 167 a.C. (168 a.C.), quando os sacrifícios foram interrompidos à força por Antíoco Epifânio, e um altar e uma estátua gregos foram erigidos no templo, a fim de representar a adoração pagã.

Quando levamos tudo isso em conta, é melhor considerarmos que as 2.300 tardes e manhãs cumpriram-se naquela ocasião do século II a.C. e não estão sujeitos a um cumprimento profético no futuro.

Vejam os que nos diz o Pr. Abraão de Almeida sobre a profanação do templo:
"Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio(ou Epífanes)...Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como 'homem vil' que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Atíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: 'O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto... E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá: Mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas...'(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de 1Macabeus). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes - Dn.8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi 'quebrado sem esforço de mãos humanas'. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Dn. 8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela: que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedece à palavra do rei seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus Olímpio foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heróicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas Selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a 'CHANUKAH', festa da Dedicação - João 10:22".(Até aqui - Pr. Abraão).

Vejam o que nos informa o dicionário Bíblico de J. Davis, sobre a festa da Dedicação: "Nome de uma festa anual, instituída por Judas Macabeu no ano 165 a.C. para comemorar a purificação e restauração do templo, três anos depois que havia sido profanado (aproximadamente 1150 dias, Dn. 8:14) pela idolatria grega introduzida por Antíoco Epifanes, (1Macabeus 4:52-59)... Jesus compareceu a esta solenidade, pelo menos uma vez, quando pronunciou um discurso ao povo que concorria a Jerusalém, João 10:22. Os Judeus ainda celebram a festa da dedicação".

O que podemos afirmar, com todas as convicções possíveis, é que o texto de Daniel sobre as 2300 tardes e manhãs, que correspondem a 2300 sacrifícios (Ed.3:3) ou 1150 dias, se cumpriram literalmente na pessoa Judas Macabeus e na restauração do templo no ano de 165 a.C. Sobre Antíoco Epifanes, ninguém tem duvidas, dele ter sido um carrasco ao povo de Deus e um tipo de anticristo. Sabemos que o mesmo espírito que operou em Antíoco, operou em Hitler, Sadan Husen e operará no próprio líder mundial que se levantará para governar as nações.

Sobre o uso desses supostos 2300 dias para calcular a volta de Jesus, os Adventistas foram extremamente infelizes, pois não acreditaram na Palavra de Cristo. Queremos deixar os seguintes textos a todos os que se atreveram e se atreverão a calcular a volta de Jesus Cristo: "Então os que estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusividade".(Atos 1:6,7); "As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus"(Dt.29:29).

Daniel 8.15-22. Daniel, ao observar a visão, registrou que o que estava ao seu lado era "aparência de homem", portanto provavelmente um anjo (v. 15). Ele também ouviu uma voz como de alguém que instruía o ser celestial a entregar-lhe a interpretação do sonho (v. 16). Esta é a primeira menção ao anjo Gabriel nas Escrituras, embora provavelmente ele já houvesse aparecido a Daniel na primeira visão no capítulo dois (veja Dn.2:19). Ele também é mencionado em Daniel 9.21 e Lucas 1.19,26. Embora os seres celestiais recebam os mais variados nomes na literatura apócrifa, a Bíblia só registra o de mais um, ou seja, Miguel (Dn 10.13,2 1; 12.1; Jd 9; Ap 12.7). Quando o anjo Gabriel manifestou-se, Daniel caiu prostrado perante ele (Dn 8.17).

O anjo chamou-o de "filho do homem" e instruiu-o a entender a visão, pois ela se referia ao tempo do fim (v. 17). O encontro com Gabriel fez Daniel cair "sem sentidos, rosto em terra", mas o ser celestial colocou-o em pé no lugar onde se achava (v. 18).

Depois, Gabriel confirmou a interpretação sobre o carneiro e o bode, bem como os detalhes da visão. Ele afirmou: "Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim. Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia; mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro remos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha" (vv. 19-22). Desde que a interpretação sugerida por Gabriel foi confirmada pela história, é comparativamente fácil encontrar um consenso entre os intérpretes conservadores quanto ao fato desta passagem referir-se à Medo-Pérsia e à Grécia.

Daniel 8.23-26. Esta porção tem sido objeto de intermináveis discussões e diferenças de opinião com respeito a várias interpretações: (1) a idéia de que tal profecia já se cumpriu em Antíoco Epifânio; (2) que esta mensagem representa um período inteiramente futuro, referindo-se ao Anticristo; (3) que é uma profecia sobre Antíoco Epifânio, mas que em algum sentido tem cumprimento duplo, por causa da semelhança entre ele e o futuro líder mundial.

Daniel descreveu o governante nesta profecia como "um rei de feroz catadura e especialista em intrigas" (v. 23). Ele afirmou: "Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas" (vv. 24,25).

A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobe o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá, pressionado pelas tropas romanas. Ao voltar à Palestina, profanou o templo em Jerusalém e devastou o culto hebreu. Executou milhares de judeus que se opuseram a ele. Antíoco Epifânio considerava-se superior aos outros reis; na verdade, alegava ser um deus, indicado pelo seu título "Epífanes", que significa "[deus] manifesto". Obviamente, opôs-se ao Messias, o "Príncipe dos príncipes" (v. 25). Antíoco morreu, todavia, em 164 a.C., enquanto participava de uma campanha militar, embora sua morte tenha sido natural, para indicar que seria "quebrado sem esforço de mãos humanas" (v. 25). No v. 17, Daniel foi informado que "esta visão se refere ao tempo do fim". Foi-lhe indicado ainda que a visão era verdadeira e selaria a visão, "... porque se refere a dias ainda mui distantes' (v. 26).

Esta passagem, embora cumprida por Antíoco Epifânio, também era tipológica da descrição do futuro papel do Anticristo, o homem da iniqüidade, o ditador mundial durante os últimos três anos e meio antes da segunda vinda de Cristo, para estabelecer o Milênio. Alguns acreditam que esta passagem tem conotações proféticas e antevê o clímax da história. Embora a controvérsia não possa ser completamente resolvida, entendemos que esta profecia certamente é uma ilustração histórica do que acontecerá na Grande Tribulação. Tal como Antíoco Epifânio, o último governante mundial alegará ser um deus, perseguirá os judeus, fará cessar os sacrifícios judaicos e será um personagem maligno.

Daniel 8.2 7. Daniel, que passara por uma grande pressão emocional durante o transcurso da visão, escreveu: "Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse" (v. 27). O que foi uma profecia para Daniel no século VI a.C. é agora compreensível, por causa da história do século II a.C., e entendemos que estas passagens cumpriram-se literalmente. No entanto, pelo fato de se assemelharem tanto ao último líder mundial no que diz respeito ao seu caráter, à sua ação em fazer cessar os sacrifícios e a outras qualidades, muitos pensam que temos aqui uma sombra do que ainda se cumprirá.


SETENTA SEMANAS DE ANOS

Como todos sabem uma semana é constituída de sete dias, mas estas semanas que a profecia de Daniel se refere ao invés de DIAS, são ANOS, ou seja, para cada dia da semana se conta um ano, que desta forma para cada semana teremos sete anos no lugar de sete dias, formando assim uma semana de anos.
No velho testamento era comum o uso de semana de anos Levítico 25:8, Ezequiel 4:6, Gênesis 29:20 a 28. Setenta semanas de dias comuns são iguais a 490 dias, e de acordo com o Vers.25 deste capitulo, as escrituras demonstram que desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ate o Messias ( Cristo ) teria 69 semanas, o que é relativo a 483 dias de semanas comuns, ou seja, semanas de 7 dias, e isto não aconteceu, pois da ordem para edificar Jerusalém até Cristo, teve uma duração maior de 400 anos, portanto é impossível que estas semanas sejam de dias comuns, o que deixa claro que esta profecia se refere a SEMANAS DE ANOS. As 70 semanas tiveram seu inicio quando saiu a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ( Neemias 2 ), o que aconteceu aproximadamente no ano 445 a.C. ; Se contarmos a partir desta data até a morte de Cristo na Cruz, aconteceram aproximadamente 483 anos, o que nos leva a concluir com certeza que esta profecia se trata de semanas de anos, e nunca de semanas de dias.


AS TRES DIVISÕES DAS SETENTAS SEMANAS

De acordo com Daniel 9:24-27, as setentas semanas se dividem em três partes:

· 07 Semanas Daniel 9:25 49 anos - Tempo Usado para a reconstrução da Cidade de Jerusalém - Início: 445 a.C. Término 396.

· 62 Semanas Daniel 9:25 434 anos - Tempo para o aparecimento do Messias - Início 396 a.C. Término: 38 d.C . - CRUZ. (Erro de 5 anos no Calendário, mais um ano de acréscimo, por não haver ano zero).

· 01 Semana Daniel 9:27 7 anos - Tempo que o anticristo usará para enganar os judeus. Início: Ainda não aconteceu - Término: Terminará com a volta física de Jesus e sua Igreja que fora arrebatada.


A PRIMEIRA DIVISÃO SETE SEMANAS 49 ANOS

De acordo com Daniel 9:25, Jerusalém seria edificada e restaurada da destruição que o império Babilônico causou a santa cidade ( Daniel 1:1,II Reis 24:1 ), esta ordem foi dada pelo Rei Ataxerxes a Neemias aproximadamente no ano 445 a.C., e nesta mesma data iniciou-se a contagem da primeira divisão, e terminou aproximadamente no ano 396 a.C., o que é relativo a 49 anos ( 7 semanas de anos ), onde no final deste período a santa cidade estava totalmente reconstruída .Daniel 9:25. Esta palavra se cumpriu literalmente no período previsto.


A SEGUNDA DIVISÃO SESSENTA E DUAS SEMANAS 434 ANOS

A segunda divisão tem inicio aproximadamente no ano 396 a.C. e vai ate os dias da pregação dos apóstolos de Cristo ( Messias ), neste período o Cristo iria nascer, morrer, e logo após Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, o que de fato acorreu de forma literal em todos os sentidos. Daniel 9:25-26.


A TERCEIRA DIVISÃO UMA SEMANA 7 ANOS

A terceira divisão, a última das setentas semanas de Daniel é ainda futura, ainda não se cumpriu, devido o povo Judeu não estarem na cidade santa e o templo reconstruído ( Daniel 9:24 ), e como já foi escrito, esta profecia irá se cumprir sobre o povo Judeu, e este povo precisa estar na cidade santa, os Romanos invadiram Jerusalém aproximadamente no ano 70 d.C, e expulsaram os Judeus da santa cidade, e os mesmos foram dispersos para muitas nações ( Ezeq. 36:19-20, S. Lucas 21:24 ), e nesta data esta profecia teve de ser interrompida na sua 69o semana, pois o povo Israelita não se encontrava na cidade de Jerusalém, e para que esta profecia se cumpra é necessário que o povo do Profeta Daniel ( Judeus ) estejam em Jerusalém. Esta última semana não pode ter se cumprido em hipótese alguma, pois nesta última semana ( 7 anos ) os Judeus iriam fazer um acordo com o assolador ( anticristo ), e este assolador seria destruído, porém isto ainda não aconteceu, Israel ainda não fez este acordo com o inferno ( Isaías 28:15-18 ), e muito menos o anticristo foi destruído, sendo assim posso afirmar que esta última semana de Daniel ainda não se cumpriu, esta profecia permanece interrompida. Esta última semana só irá iniciar quando acabar o TEMPO DOS GENTIOS ( São Lucas 21:24 ), este período de que falou o Senhor Jesus Cristo, é o tempo em que Deus separou para salvar os Gentios, e converte-los a Cristo sem pecado algum, mediante a morte do Senhor na Cruz, é o período em que a Graça de Deus é oferecida aos pecadores, e se esta última semana não fosse interrompida, com certeza as setentas semanas de Daniel já estariam totalmente cumpridas, e desta forma não haveria salvação para ninguém, e este é o maior motivo pelo qual esta profecia foi interrompida, Cristo Jesus queria Salvar a todo aquele que nele Crer, antes do verdadeiro desastre que esta última semana trará ao mundo, antes que o anticristo venha assombrar a todos, isto mostra o amor de Deus em seu ponto máximo. E antes que esta última semana tenha sua inicialização, o tempo dos Gentios irá se cumprir com o arrebatamento da igreja, com a salvação plena daqueles que aceitaram a Cristo, com um dos maiores propósitos de Deus sendo alcançado. Como já foi escrito Jerusalém foi invadida pêlos romanos aproximadamente no ano 70 d.C, e os Judeus foram dispersos para todas as nações da terra ( S. Lucas 21:24 ), mas no dia 14/05/48, os Judeus começaram a voltar para a santa cidade, neste mesmo dia se cumpriu a profecia de Isaías 66:8, que diz que num só dia a nação Judaica seria criada, a partir desta data centenas de Judeus retornam a sua Pátria mês a mês, e vários recursos estão sendo criados para que em breve todos os Judeus estejam na santa cidade, para que se tenha inicio a última das setentas semanas, e com isto a igreja de Cristo seja finalmente arrebatada aos Céus. Na verdade os Judeus já residem na cidade santa, porém não tem o domínio de Jerusalém, os Judeus não tem posse de toda a cidade, eles a dividem com os palestinos que querem ter domínio de toda Jerusalém e em troca darão a paz que os Judeus procuram, guerras e mais guerras acontecem no oriente, pois satanás procura impedir que esta profecia se cumpra; E foi tentando impedir que os Judeus retornassem a Jerusalém, sendo que Hitler tentou exterminar o povo Judeu na segunda guerra mundial. A última semana de Daniel terá a duração de 7 anos, que será dividida em duas partes de três anos e meio Daniel 9:27 , Apocalipse 11:1 a 3, Apocalipse 12:6 e 14, Apocalipse 13:5, onde:

· Quarenta e dois meses é igual a três anos e meio

· Mil duzentos e sessenta dias é igual a três anos e meio

· Tempo e tempos e metade de um tempo é igual a três anos e meio

Onde o assolador de Daniel 9: 27 é o anticristo, que fará um concerto com Israel por sete anos ( uma semana ), São João 5:43 e Isaías 28:15 a 18 , e na metade da semana ( três anos e meio ) irá quebrar o concerto com os Judeus.

A 70 Semana de Daniel também é chamada de grande tribulação ( São Mateus 24:21 ) que terá a duração de sete anos, dividida sem duas partes de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

" Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa cidade. " Daniel 9:24

Fonte: Ministério CACP (Matéria extraida na íntegra)
http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1058&menu=7&submenu=3